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Thursday, April 8, 2010

Estádios III

Atlético Mineiro 1 x 1 Sport



Após alguns anos em que mantive a intenção de ir a BH conhecer seu principal estádio, consegui ir graças ao amigo e vizinho de cubículo Luís Santos, atleticano apaixonado (quase redundância, mas vamos em frente) que me avisou sobre uma promoção da Azul. Tentei comprar passagem mais para o começo de agosto de 2009 para pegar Galo x Palmeiras, mas só consegui marcar a viagem para o fim do mês - portanto, ficou definido que eu veria o jogo contra os pernambucanos.

Para evitar mais rodeios, irei direto ao momento do jogo: chegamos ao Mineirão com um pequeno atraso (entramos com cerca de dez minutos de bola rolando) e passamos por perto da Galoucura, que tinha uma presença abaixo de minha expectativa. Na verdade, creio que elevei demais minhas expectativas por ser muito fácil ver torcedores "fardados" pelas ruas de Belo Horizonte, tanto com roupas da TOG quanto da Máfia Azul, mas agora me lembrei que muitos integrantes também ficaram na geral enquanto fiquei na arquibancada.

O público total foi de cerca de 19 mil pagantes, pouco perto do que o Galo vinha trazendo naquele momento: no começo do mês, no jogo contra os palestrinos, o público foi de quase 50 mil. A diminuição nas arquibancadas aconteceu por uma sucessão de fatores: muitos jogadores se contundiram, isso causou a queda de rendimento do time (que perdeu a liderança na tabela), o que afastou uma parte da torcida. Ainda assim, o número é bom e o Atlético terminou o campeonato com uma excelente média.

Sobre o estádio, achei muito boa a construção do Mineirão: as arquibancadas, mesmo no anel superior, permitem uma boa visão do campo sem que os jogadores pareçam formigas. Além disso, a cobertura é um conforto a mais para o torcedor, além da acústica que propaga melhor o som da torcida. Só fiquei preocupado com a geral, pois é uma recomendação da Fifa que este setor seja extinto nos estádios e não sei o que os mantenedores do estádio planejam para esse setor popular.

A torcida, como um todo, parecia muito nervosa no dia (aí não sei dizer se era o momento ou se o atleticano padrão é impaciente como um pontepretano) e cobrava muito o time, principalmente o zagueiro Welton Felipe, vaiado a cada toque na bola. O atacante Tchô, escalado como volante (!!!) pelo mestre Roth, também não era poupado pelas críticas. O goleiro Bruno (não o que foi para o Flamengo) também era severamente cobrado pela massa alvinegra, que em poucos momentos acompanhou a Galoucura - o principal foi o hino do clube, logo após empatar o jogo.

Aliás, a partida terminou empatada com o Sport abrindo o placar num gol de Arce e o gol atleticano veio dos pés de Renan Oliveira, que entrou no lugar de Éder Luís. O Galo, que ainda estava na luta do título, poderia lamentar a conquista de apenas um ponto em casa, mas o paupérrimo futebol apresentado pelos mineiros (inclusive com alguns sustos causados pelo Sport, lanterna do campeonato) fez com que o empate se tornasse um bom resultado.

Ouvindo: Pink Floyd - Atom Heart Mother

P.s.: esqueci de falar, mas NÃO provei o tropeirão, tradicional prato servido no estádio durante os jogos. Já foi bem maior (era um marmitex com arroz, feijão, bife, um ovo frito e acho que rúcula), diminuiu e li dia desses que seria extinto, já que implantariam uma cadeia de lanchonetes no estádio. Lamentável se encherem o estádio de Habib's e McDonald's e não deixarem essa opção tão tradicional.

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