Pages

Friday, November 26, 2010

Som de Sexta XX - Rio de Janeiro

Não vou lamentar aqui as cenas que todos têm visto nos últimos dias, isso seria redundante e eu não tenho nada de novo a acrescentar. Acho apenas que há muito que ser debatido, em âmbito estadual e também nacional, desde a forma como se trata o tráfico de drogas (e talvez a legalização), os usuários, a forma de ação policial e como evitar que o tráfico cresça/se renove.

Especialistas em segurança pública e militares também deveriam dar espaço a outras opiniões sobre esse problema: psicólogos, educadores, sociólogos, profissionais da saúde pública (que deveriam discutir a questão das drogas, assim como a do aborto)... enfim, não é possível que se continue eternamente nesse jogo de "siga o mestre" com a polícia um passo atrás do crime organizado.

Sim, eu sei que há muitos peixes grandes envolvidos, que há muitos interesses por trás do tráfico e até da violência, mas acredito que um dia isso irá mudar. Talvez o tráfico resolva andar com suas próprias pernas como as Farc na Colômbia, depois disso a criatura pode se rebelar contra o criador. Espero que não seja preciso vermos a execução de deputados, prefeito ou governador, mas talvez um mártir seria muito melhor que milhares de inocentes.

Como forma de despedida aos posts da série Som de Sexta, que me fez lembrar umas músicas interessantes mas é meio cansativa, vou postar um samba que fala dum Rio que parece de mentira, especialmente nessa guerrilha urbana que não sai da televisão. A música é de Dicró e fala da Chatuba, comunidade carente do Rio.

Seguem dois links para galerias de fotos, um do Terra e outro do G1. Abaixo, uma fotografia impressionante: policiais armados de fuzis, a população assustada, pixações, uma moradora de rua dormindo e um "Ordem e Progresso" que parece até irônico no desenho da bandeira do Brasil.

Thursday, November 25, 2010

Feriado

Felicidade verdadeira e condensada!

Feriado, dia de acordar cedo sem necessidade, vadiar um pouco e caminhar bastante. Caí da cama pouco antes das 7 da manhã, tomei café na rua após ficar um pouco por aqui - enquanto navegava, vi uma abalada Ana Maria Braga* mostrar cenas de tiroteio na Vila Cruzeiro - e comecei a resolver algumas pendências, comprar uma ou outra coisa que precisava para a casa e "ver a cara da rua", como dizia minha mãe nos dias em que eu passava muitas horas dentro de casa. A principal aquisição foi uma panela, jã que eu vinha usando a da minha namorada há mais de um mês.

Agora já almocei, vou tentar cochilar um pouco, mas acho que as obras dum prédio a um quarteirão daqui não vão deixar. De qualquer forma, ainda tenho muito para fazer apesar dos dias de folga.

* Eu estava vendo o jornal matinal da Globo e, como o televisor estava longe, deixei no programa da irmã do Louro José. Não tenho hábito de ver o programa dela, apesar dela mandar bem na culinária. Ops!

Monday, November 22, 2010

Sinal dos tempos

Breve divagação

Na tarde do último sábado, dia 20 de novembro, "debati" via Twitter com minha amiga e ex-colega de faculdade Lígia sobre uma espécie que anda em bandos, tem horários sabáticos-vespertinos para saída de seus esconderijos e tem como local para aproximação do sexo oposto (ou do mesmo) o Centro de Convivência de Campinas. Sua alimentação não existe, já que só vejo amostras consumirem líquidos: vinho Chapinha, vodka Balalaika e outras alternatividades etílicas.

Muitos deles devem ter olhos pouco desenvolvidos, já que utilizam trajes de cores gritantes, talvez para se localizarem mais facilmente. Além disso, devem ser portadores de glaucoma, já que constantemente fazem uso de plantas medicinais. A solidariedade dentro dos bandos é notável, já que evitam obstáculos e possíveis quedas com abraços coletivos, indivíduos se carregando com o apoio do ombro ou até nos braços um do outro.

Sobre o acasalamento: trocam as cores das pelagens e penachos. Verde, amarelo, pink e outros tons alegres dão destaque e podem elevar qualquer um a macho-alfa. Além disso, secreções aquosas atraem fêmeas, mesmo que em contatos não sexuais. Posse de relíquias ou conhecimentos pouco difundidos (como o EP de alguma banda já extinta ou alguma curiosidade sobre o baixista daquela banda do Turcomenistão) também são atrativos.

Encerrando, o tempo de vida dessa espécie é curto, dura cerca de dois ou três anos - até o envelhecimento, que causa a metamorfose, ou então até a mudança da moda adolescente a migração coletiva.

Comunicação através de sinais, visão comprometida

Friday, November 19, 2010

Som de Sexta XIX

Mais um post da série que mantenho religiosamente, apesar de que ela está começando a encher o saco hehehe Hoje, som dos ingleses (God save the queen!) do Led Zeppelin, a música é How Many More Times, do primeiro álbum, chamado apenas de "I" (o número um, em algarismo romano). Dá-lhe!

John Bonham, um monstro

Wednesday, November 17, 2010

Macro-twittering IX

No pique:

- Deprimente a situação do futebol campineiro. A Ponte Preta tem menos de cinquenta por cento de aproveitamento dos pontos disputados em casa, amargará mais um ano na Série B e não desperta o mínimo de otimismo do torcedor para o Paulista. Mesmo com a nova fórmula que põe oito clubes no mata-mata, ainda assim acho que nenhum torcedor está entusiasmado. Enquanto isso, o outro clube tem a pior campanha do returno (inacreditáveis onze por cento de aproveitamento) e praticamente tem o caixão fechado. É verdade, eles disputarão só divisões inferiores no centenário, farão dérbi contra o Red Bull no Paulista, mas se contentar apenas com o vexame do rival já nem é tãããão animador.

Nossa, como vocês estão ridículos ROFL Ops...
- Acabei de fazer um risoto usando arroz (óbvio), presunto, azeitona fatiada, creme de leite (não tinha arroz arbório, que é o ideal) e uma uma seleta de legumes com pedaços de batata e ervilhas. Além disso, tomei uma taça dum vinho branco barato que estava encostada na geladeira. Nada muito especial aí, exceto pelo feito hercúleo de abrir a lata de legumes sem um abridor apropriado. Mas, não sabendo que era impossível, usei uma chave de fenda para fazer uma abertura no alto do recipiente. Um corte mínimo virou um talho, o talho se tornou um rasgo e do rasgo saiu minha gororoba. Tudo isso graças ao meu atraso na hora de levantar, que me fez sair correndo e esquecer de descongelar carne para o jantar.

- Semana que vem tenho feriado do Dia de Ação de Graças. Como sigo o calendário dos Estados Unidos, acabo perdendo as muitas datas brasileiras, porém acabo folgando em dias úteis daqui. Bom para resolver minhas pendências burocráticas, procurar algo que preciso no comércio campineiro pois não preciso viajar até Hortolândia para trabalhar e para ficar de bobeira (é feriado, caramba!), mas infelizmente é difícil conciliar o tempo livre com a agenda da namorada ou dos amigos. O plano, então, será ficar em casa, ter uma overdose de chimarrão, ler, escrever e jogar muito videogame.

- Na última sexta-feira troquei meu PC por um laptop no trabalho. Ainda tenho dificuldade com o teclado da máquina nova, principalmente por não ter aquelas teclas de número na lateral, mas com o tempo me acostumo. O que melhora é que, em caso de hora extra, será possível trazer o computador para casa em vez de eu ficar até altas horas na IBM. Claro, com uso moderado - primeiro porque preciso ter minha vida pessoal e também pois é perigoso ficar andando com um ThinkPad.

Tuesday, November 16, 2010

Meia volta...

... da Terra ao redor do Sol. Cento e oitenta dias. Passagem por outono, inverno e primavera. Volta ao trabalho, a perda do hamster Mickey e vitória sobre outras adversidades - além do apoio para suportar as que ainda estão no caminho. Pratos feitos a quatro mãos. Carinho de duas famílias conquistasdo. Enfim, há muitas lembranças, momentos, sorrisos. Somando tudo, seis meses de felicidade com minha namorada.

Friday, November 12, 2010

Wednesday, November 10, 2010

Supernatural

Não lembro, mas acho que já falei aqui que sou fã da série de suspense/terror Supernatural. Em sua primeira temporada, mostrava dois irmãos (os Winchesters) que caçavam assombrações do folclore como lobisomens e o nível de batalhas foi crescendo até que os protagonistas tornaram-se ferramentas para a realização do Apocalipse. Sim, megalomaníaco, mas dá para fazer essas coisas quando o orçamento cresce - fora que conseguiram executar tudo isso mantendo uma certa coerência.

Fim da quinta temporada. Tensão e pânico.
Acontece que esse ponto da história foi o fim da quinta temporada e também o último episódio que assisti - e a sexta temporada já está sendo exibida até na Warner, canal brasileiro que retransmite a série. Graças à minha lentidão, acabei vendo um spoiler num dos anúncios do canal, então chegou a hora de tomar vergonha e ver os episódios novos.

Só para encerrar: eu pensava em fazer um post longo e elaborado de como seria a versão tupiniquim do seriado, mas não tenho tido inspiração para isso. Até preparei o elenco (lembro dos irmãos sendo interpretados por Marcos Palmeira como Dean e Caio Blat como Sam), quando tiver paciência - e meu caderno com as notas - por perto eu talvez faça esse post.

Saturday, November 6, 2010

Ciclos

"Ainda assim, Brejnev continuou avançando cada vez mais na hierarquia. A verdade é que, na política, a promoção de uma mediocridade óbvia pode resultar da necessidade de lados opostos para explorarem suas fraquezas. Ele pode ter sido visto como transitório ( como, na realidade, o foi no início) e útil para fazer a ponte entre personalidades mais fortes, em outras palavras, uma marionete .... manipulado à vontade pelos dedos mais influentes de de membtros do Politburo como Ustinov, Chernenko, Grishin, Tikhonov e Gromyko.

Quanto mais alto Brejnev subia na direção do píncaro do poder, mais esse poder parecia escapulir entre seus dedos. E a razão de não ter perdido completamente as rédeas foi que Andropov, o chefe da KGB, e Chernenko, seu chefe de gabinete, as mantiveram em suas próprias mãos. O sistema totalitário demonstrou que podia funcionar mesmo sem a pessoa dum ditador".

Explico o trecho escrito pelo falecido historiador e ex-militar soviético Dmitri Volkogonov: após o afastamento do reformista Nikita Khruschev, havia necessidade de escolher um novo líder para a URSS. Receosos de retornar aos anos sangrentos do stalinismo e de apostas em mudanças como fez o aposentado NK, os principais membros do partido escolheram o apático e indeciso Leonid Brejnev, uma espécie de "Forrest Gump" ucraniano capaz de rolar de um lado ao outro, sempre na direção correta. Mesmo com trajetória sempre ascendente, nosso personagem ainda não tinha força (nem política, nem graças à sua personalidade) nem vontade para impôr mudanças ao rumo da União Soviética, apenas fazer os discursos escritos por outras mãos e assinar o que chegasse à sua mesa.

Entre uma e outra homenagem a si mesmo, Brejnev
Hoje a personagem que assume o poder é a presidenta Dilma Rousseff. Claro, ela tem uma personalidade diferente da de Leonid, porém rispidez, um tom de foz frme e cara fechada não se traduzem em força numa eventual queda de braço. Pior: não corre o risco de ceder apenas à oposição ou a líderes de outros países (como no caso das unidades da Petrobrás nacionalizadas na Bolívia),  mas a vozes mais influentes dentro do próprio PT. 

Minha suspeita não precisou nem chegar à posse para ser confirmada: os últimos votos mal haviam sido computados e já surgiram rumores de que havia pressão sobre Dilma para o retorno da CPMF. Governadores aliados pedem que a não tão provisória taxa volte, mesmo sem haver necessidade disso - ou uso do dinheiro arrecadado na saúde. Torço para errar, mas creio que a contribuição volta apesar da (vaga) promessa de oposição forte dos tucanos.

Assim, um governo que aparentava estar voltado à continuidade das políticas de Lula e que seria só para "administrar o resultado", como se diz no futebol, mantendo a  supremacia petista por mais quatro/oito anos já começa a perder credibilidade em sua gestação. Novamente, espero que a recém-eleita Dilma seja uma surpresa positiva e mostre ser a mulher forte que anúncios prometeram por meses.

Friday, November 5, 2010

Som de Sexta XVII

Eis uma banda que quase ignorei graças a uma barreira de preconceito - não por causa da sexualidade do vocalista Freddie Mercury, mas sim do repertório da década de 80. Ouvia sucessos como Radio Ga-Ga, We Are the Champions e We Will Rock You sem entender como aquele grupo inglês podia ser idolatrado. Mesmo assim, até achava uma ou outra música interessante (Bohemian Rhapsody, claro, manteve minhas esperanças vivas) dessas mais modernas e de vez em quando baixava algumas mp3 deles no já saudoso Napster. Pois bem, num desses repentes acabei baixando algumas músicas simplesmente baseado na sorte e uma delas foi Ogre Battle, do segundo álbum.

Após os primeiros segundos de silêncio, um fade-in e uma gravação invertida, veio a surpresa: riffs cortantes, baixo marcante e bateria tocada a patadas. Eu mal acreditava que aquela era a mesma banda que gravou I Want to Break Free. Claro que a partir desse momento fiquei curioso ao resto do material da banda, já que eu começava a ver motivos para os ingleses serem um colosso do rock. Comecei a baixar comprar discos, ler um pouco sobre a história da banda e sobre a formação musical de Freddie, que passou por conservatórios e fez aulas de piano desde sua infância em Zanzibar. Não deixarei o link para Ogre Battle, apesar dela ser o motivo para o post. Preferi My Fairy King, que descobri há meia hora (quando procurava alguma coisa da banda para postar). Enjoy!

Haters gonna hate

Thursday, November 4, 2010

Benjamin Button corporativo

Dia desses conversei com minha namorada e notei como, apesar de ter só alguns meses nesse retorno à IBM (completo cinco na semana que vem), estou saturado com alguns elementos que deveriam demorar mais para incomodar um novato. O problema, então, não é da empresa: ao retornar, passei pelos corredores como um recém-contratado, mas já acumulava mais de quatro anos de contrariedade, questionamentos, dúvidas e, principalmente, não conformismo. Claro, ainda resta um pouco da esperança quase adolescente de não ficar trancafiado num cubículo, mas hoje vejo que me tornei uma espécie de Benjamin Button corporativo.

Para quem não conhece, esse personagem foi interpretado por Brad Pitt e conta com uma peculiaridade: ao invés de envelhecer, Ben nasce idoso e rejuvenesce. O bebê de pele enrugada e com problemas como pressão alta e artrite vai melhorando sua forma física, volta a andar, tem seus cabelo coloridos naturalmente, ganha tônus muscular, perde a barba e torna-se uma criança senil. No meu caso, a comparação é bem menos interessante e, se Deus quiser, bem mais curta. Comecei ranzinza, mal humorado, recusando o sorvete que foi oferecido como premiação pelo bom desempenho das centenas de funcionários do projeto.

Agora que vem o "xis" da questão: não sei se passarei pela mesma mudança que meu hollywoodiano exemplo. Pior, creio que a tendência é apenas piorar, já que algumas situações desgastantes vêm se repetindo ultimamente. Minha namorada Lucila falou o óbvio: talvez eu precise apenas arrumar emprego em outro lugar. Entre idas e vindas, trabalho no mesmo lugar desde 2004, ouvindo a mesma linguagem corporativa, tentando acreditar nas mesmas promessas e até vendo as mesmas pessoas.

Por enquanto, sigo pelejando com todas as forças enquanto não mudo de time - isso deve acontecer em janeiro. Por mais que esteja com minhas questões pessoais, isso não significa que eu vá abandonar tudo, pular fora ou fazer "operação tartaruga". Deixo apenas meu último protesto resmungo sobre a instituição trabalho.


Tuesday, November 2, 2010

Finados

Finados, dia em que se lembra dos que se foram e que eram queridos, mas não tão próximos. Já os que eram e continuam sendo especiais, estes são lembrados no decorrer do ano todo. Saudações à minha mãe, Dona Nair, à meus avós, ao meu meio irmão Sérgio e a quem já deixou os leitores.

Monday, November 1, 2010

LOL

Tirinha que achei no site Comixed. Está em inglês, mas é genial.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...