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Thursday, October 27, 2011

27/10/11, quinta-feira

Um dos dias mais sombrios que já passei e, ironicamente, o dia em que o sol se apagou. Se você (você sabe quem é) estiver lendo isso, fica aqui meu pedido de perdão por erros e falhas que eu tenha cometido e meu "obrigado" sem restrições.

Sunday, October 16, 2011

Tristeza

Imagine você gastar mil reais. R$ 1.000,00. Com esse dinheiro, dá para fazer uma bela viagem para o Nordeste ou pela América do Sul, conhecer o Brasil, comprar muitas roupas (bom, nem tantas se forem de marcas badaladas), bancar algum curso, ter uma noitada digna de um rock star, criar uma respeitável biblioteca, pagar várias contas... enfim, é uma quantia que permite um amplo leque de opções prazerosas.

Porém, torcedores bugrinos tiveram a oportunidade de desembolsar esse valor para terem seus nomes impressos nas camisas que seriam usadas pelos atletas durante a disputa do último dérbi. Não era como a campanha corinthiana, que teve inúmeras imagens 3 x 4 dos "sofredores" espalhadas em cada peça de roupa, mas apenas um grande nome por jogador bugrino - o que resultou num visual muito menos escroto poluido.

Pois bem, torcedores do Guarani concordaram com a ideia, pagaram os mil reais e cada jogador da equipe indígena pisou no gramado ostentando o nome de um simpatizante. O resultado da partida nós já sabemos, a Ponte se impôs na casa do adversário e atropelou o Bugre com sonoros 3 a 0 - seriam 4, caso o bandeirinha não houvesse assinalado incorretamente o impedimento do lateral-direito Patric numa jogada que terminou nas redes do Brinco. Renato Cajá teve uma belíssima exibição, com direito a dois gols - um em cima da falha do zagueiro Aílson e outro em chute de fora da área - e o atacante Ricardo Jesus encerrou seu jejum de gols nos minutos finais da partida.

Lances do jogo a parte, pensei depois no cidadão que se dispôs a estampar seu nome na camisa bugrina. Gastou mil reais nessa brincadeira, saiu de casa para tomar chuva no dérbi, viu seu time ser atropelado pelo rival dentro de casa, ouviu todo tipo de xingamento e provocação, vai ver a Ponte Preta subir para a Série A enquanto o Guarani ainda luta para se livrar do rebaixamento - tudo isso em pleno ano do centenário. Pior: vai ter um lembrete caríssimo disso tudo no fundo de alguma gaveta de sua casa. Se não antes, agora esse pessoal definitivamente já deve ter começado a se sentir desgraçado.

Será que o tal Marcos vestirá essa camisa um dia?

Friday, October 14, 2011

Chafurdando

Algumas hipóteses sobre o dérbi que acontece neste sábado, todas um mero exercício de criatividade e, infelizmente, verossímeis.

- Vários clubes que lutam pelo acesso (Náutico, Americana, Sport, Boa, Bragantino e Vitória) se juntam para entregar uma polpuda mala branca ao Guarani. O endividado grupo bugrino, constantemente às voltas com problemas de salários atrasados, ganha uma motivação imensa e entra em campo com "sangue nos olhos". Vitória e bico na crise.

- O time da Ponte, "escoltado" pela simpatia da Globo para que o clube campineiro retorne à elite do futebol brasileiro, vence talvez com um apito amigo (duvido que seja preciso) e dá mais um grande passo rumo à primeira divisão. Para explicar a simpatia global ali de cima: ainda no fim do primeiro turno o presidente Carnielli já negociava com diretores globais as cotas de transmissão da Série A 2012 (!!!), então perder o acesso seria um Titanic símio - e até a Globo acharia inconveniente perder um clube rentável no principal torneio do país.

- A torcida ponte-pretana teria direito a cerca de cinco mil ingressos, mas o número caiu para menos de mil e quinhentos a pedido da Polícia Militar paulista. Com os eventos acontecidos no clássico do primeiro turno, a chance de retaliação dos "hooligans do interior" alvinegros seria grande, prejudicando assim com perdas de mando de campo Ponte Preta E Guarani, que ainda lutam pelo acesso e contra o rebaixamento, respectivamente. Portanto, os próprios presidentes dos clubes poderiam ter interesse em requisitar à PM a diminuição da carga de entradas para visitantes.

- Revoltados pela má administração bugrina, jogadores do Guarani liderados pelo sindicato dos atletas e pelo capitão da equipe organizam o "Ocupe o Brinco de Ouro" e, num exemplar ato de luta pelo direito do trabalhador, entram em campo e recusam-se a jogar. Mantêm-se estáticos, de braços cruzados e apenas assistem os três primeiros gols da Ponte serem marcados. Após o terceiro tento (símbolo dos três meses de vencimentos não pagos), jogadores bugrinos retiram-se de campo e o ato ecoa pelo mundo, sendo referido como a Primavera Bugrina. Leonel Martins é deposto e uma teocracia é imposta.

- Independentemente do resultado da partida, torcedores alvinegros iniciam um tumulto após uma briga com torcedores rivais, com a polícia ou tentativa de invasão do estádio. Empurra-empurra, muito spray de pimenta no ar e partida paralizada. O que acontece nesta partida é irrelevante em termos de resultado, mas o dérbi passa a não ter a presença das torcidas visitantes em 2012.

De novo?
- A mais baixa e mais suja: defendendo interesses superiores (FPF e o que restou do Clube dos 13, principalmente), a Ponte entrega o jogo para salvar o Bugre do rebaixamento - que significaria, até em termos literais, a morte do clube verde e branco. Como recompensa, a Macaca é recompensada com uma sequência de vitórias até o fim da Série B. Acho que já é tarde para pensar em título, mas se acontecer, a profecia é este post.

Wednesday, October 5, 2011

John Dyer Baizley


Conheci o trabalho desse desenhista por ele ter feito as capas da banda americana Baroness (excelente banda, diga-se de passagem). Traço forte, psicodelia e um interessante uso de cores. Mais AQUI.


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