Pages

Sunday, October 31, 2010

Um domingo de preguiça

Hoje fiquei com algumas horas de ócio absoluto para preencher, já que minha namorada precisou viajar (votação na cidade dela e casamento dum amigo de infância em Monte Verde, escoltada pelo irmão) e... bom, eu estava a fim de ficar a toa mesmo, não há nada vergonhoso em assumir isso. Até pensei em sair para pedalar ou andar agora no fim da tarde, mas a internet e uma cuia de chimarrão estavam mais chamativos. Compensarei com uma pedalada de madrugada matinal antes do trabalho, que renderá uma entrada num posto de gasolina ainda fechado para calibrar os pneus. Mas enfim, isso fica para amanhã.

----

Hoje recebi uma visita do meu pai, que passou aqui para devolver um tupperware, entregar um doce e falar um oi. Acho engraçada a maneira formal que passamos a nos tratar quando nos vemos, inclusive com um aperto de mão na chegada e na despedida. O teor das conversas também mudou, hoje falamos mais do mundo, de acontecimentos e de futebol. Aliás, hoje nos falamos mais, já que não éramos nem de sentar e jogar conversa fora - ele é muito fechado, eu também não sou bom de puxar papo, então aconteciam cenas como viajarmos seiscentos quilômetros e nos falarmos apenas poucas vezes (história real). Acho que a personalidade do meu pai, assim como a minha, fez com que tívesses muito conhecidos e raros amigos, então hoje sou polivalente e faço papel de filho e de amigo.

Sobre a operação no ombro dele: deve ser feita em janeiro e ele já está se preparando para a nova rotina, então treina para amarrar os cadarços, se vestir, comer e navegar pela Internet apenas com a mão esquerda. Muito legal essa antecipação, fora os benefícios trazidos pela ativação do lado direito do cérebro. Ainda pretendo passar duas ou três semanas com ele e minha irmã após a operação, mas estou vendo que ele já planejou bem esse período.

------------

Após tomar um litro de chimarrão, voltarei a tomar um pouco mais enquanto leio sobre o fim da crise dos mísseis cubanos acontecida nos anos '60. Como despedida, deixo aqui uma charge sobre a Guerra Fria, algo já distante hoje, mas é assustador pensar como ficamos perto dum desastre (algo como A Batalha dos Aflitos gremista).


Friday, October 29, 2010

Som de Sexta XVI

No pique: ária de Johann Sebastian Bach que conheci através da animação japonesa Neon Genesis Evangelion. Sim, é triste, é mórbido e nem tem cara de sexta-feira véspera de feriado prolongado, mas essa merecia constar aqui. Bem sombrio falar isso, mas essa é a composição que gostaria que tocassem enquanto meu corpo é enterrado. Aqui vai o LINK para ouvi-la.

O grito da selva

Não, não é mais um post sobre a Ponte Preta. Dessa vez escrevo sobre o livro homônimo que terminei de ler a poucas horas, um clássico da literatura americana escrito por Jack Londo (na verdade, John Griffith Chaney). A narrativa trata do cachorro Buck, uma mistura de são bernardo com border collie que é raptado duma fazenda da ensolarada Califórnia e levado para trabalhar puxando trenós do estado do Alasca até o outro lado do continente, no leste do Canadá. O protagonista adapta-se rapidamente, passa até a gostar da tarefa e torna-se líder da matilha. O nosso valente cão passa por outras aventuras que não detalharei aqui para não contar a história, mas uma parte me chamou mais atenção.

Apesar da impressão de que se trata duma obra infantil, há vários trechos pesados que me parecem mais uma metáfora de como meninos vão se transformando em homens: saem do conforto do lar, passam pelo serviço militar, começam a trabalhar, até que chegam ao ponto em que precisam conciliar interesses, como quando Buck abandona seu dono por horas e depois dias para caçar, mas retorna ao lar. 

Além disso, a obra de 1902 já parecia prever o dilema que passaria a viver o homem moderno: o cãozinho passa algum tempo em dúvida sobre como encarar seus momentos de mansidão após ser resgatado por Thornton. Ele pode ter a tranquilidade e o conforto de seus dias da Califórnia, mas algo que ele nem compreende o chama e faz com que ele queira sair para buscar o desconhecido. Hoje o homem "domesticado" trabalha, se mantém e se desenvolve intelectualmente, mas mesmo que nas profundezas mais distantes do seu subconsciente resta algum vestígio de iniciativa que o faz querer viver como seus antepassados viveram. 

Claro, não é preciso largar tudo para viver da caça no meio do mato, mas aí algumas "coisas de homem", às vezes programas de qualidade duvidosa, são defendidos com unhas e dentes: acampar, andar por aí como alguns conhecidos já fizeram - um foi do RS a SC a pé/de bicicleta - ou apenas destrinchar livros e mais livros de História sobre grandes conquistadores. Há inúmeras formas de deixar esse instinto extravasar - e é mais saudável que ele tenha uma válvula de escape.

Fiel ao homem ou ao andarilho?
Enfim, isso tudo é uma primeira impressão, ainda refletirei sobre o livro tomando um bom chimarrão, lerei tudo mais algumas vezes... mas fica aqui meu palpite. Aliás, enquanto escrevia falei da metáfora do cachorro representando os homens. Acredito que cada cachorro da história seria um tipo de pessoa e não o animal representando o gênero humano todo ou uma classe (como fez a banda Pink Floyd com a letra de Dogs, em que esses animais representavam homens de negócios). Várias outras observações surgirão, mas não devo voltar a escrever sobre o livro.

Tuesday, October 26, 2010

Teorias

Nos últimos tempo, algumas poucas vozes começavam a levantar suspeitas sobre um suposto plano para que a Ponte Preta não alcançasse a elite do futebol brasileiro. Como toda teoria de conspiração, ela foi logo repelida por boa parte da torcida - inclusive eu, que considerava isso tudo conversa de perdedor. Porém, alguns fatos inusitados dos últimos anos e alguns números levantados já me fazem crer que há, realmente, algum interesse na permanência da Macaca na Segundona.

Após o vexame da derrota em casa para o Bragantino, tentava chegar a alguma conclusão sobre essa conspiração interna com o amigo de longa data Marquinho Perrotta. Achamos incoerente a teoria que foi formulada, a qual afirma que o objetivo de manter o time na divisão de acesso seria equilibrar as contas do clube. Com maior visibilidade e com o estádio mais cheio, seria mais fácil fazer caixa do que na deprimente segunda divisão. Pensei então que seria mais fácil manter um time de baixo custo na Série B do que na A, mas em alguns anos a Ponte Preta teve uma folha salarial maior do que times de nível superior.

Refleti mais sobre isso e lembrei da quantidade de partidas disputadas em noites de sexta-feira, algumas inclusives alteradas poucos dias antes da realização da rodada. Também lembrei do fato que a Ponte é um dos times que mais vende pacotes do pay per view no campeonato. Comecei então a suspeitar de que não é o caixa do time que está em manutenção, mas de seu mecenas, Sérgio Carnielli - que também é presidente da Tecnol, empresa que ele deve dirigir com pulso mais firme do que o clube.

O interesse televisivo é até compreensível: enquanto clubes tradicionais desmoronam em dívidas e incompetência (Paysandu, Remo, Caxias, Juventude, Fortaleza, América-RJ e o supra-sumo Santa Cruz, para não falar de todos os pequenos que agonizam pelo interior paulista), a Segundona vai dando lugar para clubes sem tradição, recém-nascidos e desprovidos de torcedores (vulgo "consumidores", em tempos modernos). Ora, se um produto precisa vender, é necessário que se crie uma forma de segurar a clientela - no caso, evita-se que o produto escape.

Claro, isso é só uma teoria minha que pode estar certa, mas torço para não estar. Claro, ver o ídolo e ex-jogador Dicá abandonar o clube assim como o treinador Jorginho (que, com suas próprias palavras, viveu mais a AAPP nos últimos meses do que gente que está lá a anos) deixa um ponto de interrogação nas cabeças da torcida. Além disso, a incoerência entre alguns números também levanta suspeitas: Carnielli afirma que cerca de 25 milhões de reais entram todo ano nos caixas, porém a dívida chegou a aumentar em R$ 2 milhões desde o rebaixamento - mesmo com elencos de "operários", sem estrelas. 

Essa última janela de transferências, aliás, torna tudo mais estranho: o treinador alertava desde o meio do primeiro turno que faltavam peças de reposição, inclusive deu a declaração de que "o suco acabou, agora vai ser só o bagaço". Mesmo assim, nomes foram indicados, mas nenhum reforço de qualidade chegou - os Paraíbas do São Paulo, Tcheco do Corinthians, Romerito, todos perdidos para equipes que também disputam o acesso.

Para encerrar, o nível discrepante do futebol apresentado pela equipe chegou a levantar até suspeitas de salários atrasados e rachas internos. É incrível como o mesmo grupo de atletas pode atropelar o Sport no Majestoso, vencer o América-MG jogando fora ou até superar equipes como Corinthians e Palmeiras no Paulistão, mas ser derrotado em casa inúmeras vezes por equipes que lutam para não serem rebaixadas - isso quando não escapam da degola.

Acho que não chega tão longe, mas quem garante?
Fica aqui meu palpite para tentar explicar o que acontece nos corredores do Majestoso. Claro, tudo isso pode ser apenas incompetência da diretoria atual - repito: até espero que estes fatos sejam apenas uma série de coincidências infelizes e que Carnielli apenas tenha problemas para indicar nomes, não que esteja comprado.

Friday, October 22, 2010

Som de Sexta XV

Hoje posto aqui sobre uma banda, para a minha surpresa, veterana. Fundada no distante ano de 1984, The Offspring foi uma das poucas aparições da música punk no mainstream. Ironicamente, o maior sucesso - comercial, pelo menos - foi a música Pretty Fly (For a White Guy), que brincava  com a explosão do rap nos Estados Unidos e como ele foi adotado por jovens que não tinham o perfil tradicional de seguidores do estilo.

Conheci os californianos lá por volta de 1999 através dessa música, até gostava de alguns materiais, mas não era um grande fã. Vários anos depois, com as facilidades da Internet, obtive os discos do grupo. Lamentei ter perdido tanto tempo sem conhece-los, mas talvez não daria tanto valor se tivesse tentado ouvir tudo há uma década.

Vai aqui o clipe para All I Want.

Thursday, October 21, 2010

Queda

Ontem a noite passei por um momento inusitado. Ao passar no Carrefour para reabastecer a geladeira, vi de longe um homem alto, de cabelo desgrenhado, roupas surradas e acompanhado por uma jovem, loira, com um estilo próximo ao "indie". Esse maltrapilho homem chamou atenção não por seu desleixo ou por seu carrinho lotado de bebidas, mas por um detalhe: uma faixa em sua testa que costumava prender longos cabelos. Aquela pessoa era o ex-jogador Sócrates, médico formado pela USP e antigo meia do Corinthians.

Apesar de não ser corinthiano, confesso que admirava o personagem Sócrates. Além dos elogios que ouvi sobre o jogador, também havia os comentários sobre o cidadão, principalmente graças à sua participação como protagonista da Democracia Corinthiana - movimento criado nos anos da ditadura que saiu dos gramados e ganhou as arquibancadas. Hoje em dia, meu contato com ele girava em torno de seus textos, os quais eu admirava enquanto ele escrevia sobre o esporte que praticou e seus bastidores.

Reconhecível principalmente pela faixa
Ontem, porém, ver aquela figura desmoronante me causou uma impressão péssima. Lógico, todos comentam sobre como ele tem tido problemas com o álcool e inclusive minha sogra disse que sabia da assiduidade dele em bares de Ribeirão Preto-SP, porém nada disso me preparou para ver o pouco que sobrou de Sócrates. Pior: saber que uma pessoa esclarecida, que conseguiu escapar da miséria - essa indesejável companheira de tantos outros ex-atletas - caiu na vala comum dos desiludidos e mergulhou de cabeça no álcool. Enquanto seu irmão Raí comanda uma ONG (a Fundação Gol de Letra), o ex-ativista colabora esporadicamente com o projeto 1Gol, mas passa seus dias comentando, dando seus palpites e apontando dedos, mas apenas - com o perdão do trocadilho - como filósofo de bar.

Tuesday, October 19, 2010

Nada de novo no front

Como esperado, a Ponte Preta desperdiçou mais um acesso fácil - este, talvez, o mais fácil dos anos em que disputou a série B. Sem a presença de clubes de folha salarial milionária como Atlético-MG, Corinthians, Vasco, Palmeiras ou Grêmio, a oportunidade de acesso foi jogada fora pelos próprios dirigentes alvinegros. A falta de força de bastidores, inclusive, é apontada como um dos algozes da Macaca nesta Segundona: ninguém esperava reforços como Ballack ou Drogba, mas ficar sem um meia para auxiliar Ivo enquanto Tcheco e Marcelinho Paraíba foram respectivamente para Coritiba e Sport foi inaceitável.

Além disso, árbitros agem da maneira que querem dentro do Majestoso, inclusive com erros grotescos, anulação de gols legítimos e pênaltis não são apitados. Uma diretoria de futebol mais influente pressionaria o homem do apito nessas circunstâncias, coibindo esse tipo de trabalho tendencioso, mas ultimamente alguns assaltos foram observados apaticamente no Moisés Lucarelli.

Para encerrar, a tacada de mestre do presidente Sérgio Carnielli: com a contratação de Cláudio Henrique Albuquerque, o "Kiko" ex-integrante da Torcida Jovem para algum cargo referente ao futebol (hora diretor técnico, hora supervisor de futebol) há alguns anos, o atual presidente realizou seu melhor ato estratégico e conseguiu se blindar dos protestos contundentes da principal organizada do clube. Hoje, após a derrota para um limitadíssimo e retrancado Bragantino por 1 a 0, ouviram-se queixas da TJP aos jogadores e até um coro de "burro" para o esforçado técnico Jorginho ("esforçado" pois tirou leite de pedra), mas apenas meia dúzia de torcedores de outro setor do estádio puxou um coro referente a Kiko e a Carnielli.

Uma hora o desânimo chega
No final de 2011 haverá novas eleições na Ponte Preta e não há sinal de oposição. Uma nova chapa surgiu, mas já adiantou que apoiará Carnielli, então qual é a sua função? Manutenção da hegemonia? Torço para que surja alguma voz insatisfeita nos corredores do Majestoso, a torcida (a da Ponte, não a que torce para si mesma) já está cansada dessa apatia e desse comodismo.

Sunday, October 17, 2010

Dias melhores vieram

Praticamente sem aviso, muito antes do que eu esperava, chegou o horário de verão! Tardes eternas, saída do trabalho ainda com luz solar, impressão de dias mais longos... tirando os primeiros dias de adaptação, não consigo ver nada de negativo nesse período de economia de energia elétrica. Há quem o odeie, um amigo até diz que é "coisa de vagabundo", mas como só dura alguns meses, logo tudo estará de volta ao normal. Até lá, conseguirei chegar em casa andando pela sombra.

Hoje, por exemplo: minha namorada viajou para sua cidade, Araras. Enquanto ela fica lá, fico aqui cuidando de seu hamster Golias, escrevo um pouco, boto tudo em ordem no apartamento e, lá por volta das 17 horas, ainda dá tempo de pegar a bicicleta para pedalar - ou, pelo menos, fazer uma caminhada, já que estou meio baleado graças à volta aos treinos após mais de um mês parado.

-----------------------

Já é noite e fiz minha caminhada. O Cambuí, que parecia tão sonolento no fim de semana, ainda tinha alguns bares abertos no final da tarde. Consegui ouvir um pouco das torcidas de Guarani e Corinthians quando entrei na Padre Almeida, mas o empate sem gols não rendeu um buzinaço pelas ruas campineiras. Aliás, achei curioso o número de bugrinos que sai de casa, gasta dezenas de reais nos bares, mas prefere isso a uma visista ao estádio de seu time.

Ver o dia acabar aos poucos lembra minha chegada aqui, quando não tinha nem televisão aberta nem internet. Passava os dias lendo e andando por aí, comprando ítens básicos que só foram lembrandos quando se tornaram necessários (ninguém lembra dum ralo de pia até a primeira vez que lava louças) e hoje, como minha namorada precisou viajar, passei a tarde lendo, andando e agora ouvi o final do excelente São Paulo 4 x 3 Santos.

É legal olhar para trás e ver como as coisas mudaram um pouco: hoje continuo me preocupando com trabalho e não em conseguir um trabalho. Antes comprava coisas novas, hoje também (quebrei o cabo duma panela e tive que fazer Miojo para a janta numa panelinha de acampamento). Um dia tentei botar comida para passarinhos na janela, agora sou baby sitter do Golias. Mais mudanças virão por aí, mas algumas só em 2011.

Não é preciso ir ao Alasca para mudar ou crescer

Thursday, October 14, 2010

Som de Sexta XIV

Essa música não é realmente uma grande preferência minha. Longe disso, não sou tão fã dela e muito menos do autor, o onipresente e pedante Caetano Veloso. No entanto, vou explicar o motivo dela estar aqui, é claro. A Rádio Bandeirantes AM, durante as noites da semana em que não transmite partidas de futebol, tem por hábito encerrar o dia com um jornal que faz um apanhado dos acontecimentos diários e, no momento em que um dia termina e outro começa, tocam "Amanhã" em versão ao vivo do cantor baiano.

Além do alento que a canção me trouxe nas várias noites em que fui dormir sem saber se acharia um emprego no dia seguinte, também achei que seria apropriada pelo que vem acontecendo nessa semana. Parte graças ao novo fôlego da Macaca na Série B, um pouco pelas dificuldades que venho encarando em meu emprego, mas muito devido ao épico resgate dos mineiros chilenos que passaram mais de dois meses sob a terra.
Triunfal

Segue, então, o LINK para a música.

Wednesday, October 13, 2010

A maré mudou

Ontem, dia de Nossa Senhora, a Ponte Preta renasceu na Série B 2010 com uma empolgante vitória sobre o Sport. Os três gols do time campineiro levaram a Macaca de volta à quinta colocação, manteve vivas as esperanças de acesso e garantiu fôlego à "Nega Veia". Os gols foram marcados por Kieza, William e Ivo, com Élton descontando para os pernambucanos.

O jogo não teve muito de especial, mas valeu muito pois renovou a confiança da equipe com a vitória frente a tão preparado adversário. Os principais nomes do elenco eram os veteranos meias Marcelinho Paraíba e Romerito, além do eterno goleiro Magrão. Havia até boatos de salários atrasados, mas isso virou passado (o boato ou, se existia, a dívida). A tabela também começa a ficar mais favorável à Ponte: no primeiro turno, a arrancada do time começou após a sétima rodada, com o risco de rebaixamento (!!!) sendo afastado e a chegada ao G-4.

Resta agora ter o mesmo fôlego e conseguir a mesma boa sequência da primeira metade do campeonato. Caso isso se confirme, pelo menos o acesso já está garantido - título, no momento, nem passa pela minha cabeça. O próximo jogo é contra o Ipatinga, em Minas, nesta sexta-feira - e creio na vitória, assim como foi contra o América-MG!

Monday, October 11, 2010

Mudança de ares

Após longo hiato, volto a escrever. Devido à correria do fechamento de quartil em setembro fiz muitas horas adicionais (trinta e quatro, para ser exato), o que resultou em falta de tempo e ânimo. Hoje ainda não está tudo às mil maravilhas, os sistemas que vêm implantando ainda precisa de muitas melhorias, mas acredito que a coisa não vai ficar muito mais feia - otimismo nem sempre é significado de sucesso, é claro.

Essa correria do mês passado, no entanto, me levou a uma mudança que eu acharia impossível há trinta dias: decidi me inscrever numa nova academia, esta mais próxima. Enquanto levo vinte minutos para chegar à que eu ia antigamente (metade do tempo com a bicicleta), não levo mais do que cinco para chegar à nova. Com a volta de picos de trabalho e a aproximação da época de chuva, essa facilidade de acesso conta muito nos dias em que a disposição para treinar não é tão grande.

Lamento apenas deixar um ambiente que me era tão familiar e os amigos que fiz. É verdade, era mais aquele contato de falar um "oba" para os conhecidos ao chegar, falar algo com um ou outro, mas o número de rostos conhecidos era grande. Passei por outras academias antes, tentei fazer dieta por conta própria, mas só consegui controlar meu peso quando estive na Cambuí Fitness. Méritos mais meus do que do local, mas ainda assim sinto uma certa gratidão por conseguido emagrecer lá e não nas academias anteriores. Enfim, fica aqui meu "muito obrigado" ao ponto da cidade onde deixei mais de vinte quilos.

Friday, October 8, 2010

Som de Sexta XIII

Bom, como não estou muito inspirado para escrever para o post de hoje, vou colocar uma música que não significa tanto para mim. Essa é do rapper americano Trick Daddy, chama-se Shut Up e faz parte da trilha sonora da versão cinematográfica de Esquadrão Classe A. O som pode ser conferido nesse LINK. Essa é a novidade: em vez de usar vídeos do Youtube, passarei a postar links para o excelente Grooveshark.

Wednesday, October 6, 2010

Pior que está, não fica

A polêmica criada pelas eleições desse ano dizem respeito ao palhaço Tiririca, eleito para o cargo de deputado federal com mais de um milhão de votos no meu querido estado de São Paulo. "Querido" pois, durante a semana, muita gente dizia ter vergonha de ser paulista graças à escolha do comediante cearense ou do governador tucano - embora eu ache que uma história de séculos não deva ser apagada por um ou dois políticos de qualidade duvidosa, mas o texto não é sobre isso.

Assim como nos dias em que a seleção brasileira foi eliminada da Copa do Mundo, venho aqui para livrar a cara do (aparente) vilão da história: Francisco Everardo Oliveira Silva. Estão jogando sobre seus ombros, dum mero idiota útil/laranja, três problemas gravíssimos. Para começar, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não fiscaliza corretamente quem concorre a cargos de tamanha responsabilidade, mas agora recebe denúncias e promete investigar se Tiririca é realmente analfabeto. Há quem defenda que não se deve impôr barreiras aos postulantes a cargos públicos pois isso seria antidemocrático, mas é melhor barrar meia dúzia de sub-celebridades com apelo popular do que correr contra o tempo como acontece nesta semana.

Um terço da culpa fica com os partidos, que também falham por não demonstrarem ética e usarem qualquer artifício para arrebanhar votos. Enéas, do Prona, tornou-se um personagem pela forma enérgica que se apresentava e por defender alguns interesses incomuns no afável mundo de promessas pré-eleitorais, mas sua conquista duma vaga com um milhão e meio de votos mostrou qual seria o caminho para outros partidos de menor expressão alcançarem um lugar ao sol. Agora, com Tiririca, fica provado que um candidato suficientemente bizarro pode ser a locomotiva que reelege alguns bondes.

Fica tranquilo. Quem tem que fazer facepalm são os outros
Por último, é obrigatório citar os 1.300.000 "abestados" que escolheram votar em Tiririca - alguns como "voto de protesto", outros com inacreditável esperança que ele pudesse fazer um bom governo ou, ainda, porque o palhaço é divertido. Não houve golpe de estado, tampouco apoio das Forças Armadas ou esquema para beneficia-lo. Caso ele assuma o cargo de deputado federal (no momento, Francisco ainda passará por um teste de alfabetização), entrará na Câmara pela porta da frente, de cabeça erguida e sem peso na consciência: quem deve cobrir a cara de vergonha vai ter que trabalhar muito para sustentar as mordomias do deputado. Ironicamente, quem ri por último, no Brasil, é o palhaço.

Sunday, October 3, 2010

Festa da democracia (?)

Mais uma vez, exerci meu direito e participei da festa da democracia (ai de mim se eu ficasse de fora!): saí de casa para dar minha parcela de contribuição para a escolha dos ocupantes de cinco cargos eletivos num domingo cinzento, mas confesso que meu desânimo nada teve a ver com o dia com aspecto londrino. Ironicamente, a tarefa de escolher deputados - categoria que se tornou um show de calouros de ano de Copa - foi a mais fácil e que tive mais nomes de confiança: o educador Eduardo Coelho como federal e Célia Leão.

O desalento é causado pelos concorrentes ao cargo mais importante da nação; Dilma, uma despreparada trainee de ditadora com histórico questionável; Serra, mais competente, tornou-se mais continuista que a candidata petista; Marina foge de confrontos e seu jeito delicado não inspira confiança. Plínio, mera ferramenta de ganho de Ibope, mostra-se competente como seus contemporâneos da Revolução Socialista de 1917: muito idealismo e pouca responsabilidade, dois pés que andam juntos na direção do fracasso. O restante é igual ao veteraníssimo socialista do PSOL, mas sem o mesmo apelo comercial.

Além das características individuais, não se fala nos debates sobre nenhuma mudança significativa na educação (apenas compensações e auxílios para o ensino superior) ou na estratosférica carga tributária. Cada vez mais preocupam-se apenas com o crescimento econômico, mesmo que isso crie gerações de endividados jovens ignorantes hipnotizados por seus gigantescos e superfaturados televisores de tela plana adquiridos em cômodas 17 prestações.

Se der para fazer um churrasco no fim do mês, tudo bem
Mais: não parece mais haver oposição. Enquanto Dilma, candidata da situação, usou a mudança como norte de sua campanha, um apático Serra apostava na continuidade e até na ampliação dos programas que eram do PT que eram do PSDB (o cúmulo sendo a proposta de 13° do Bolsa Família). Com meia dúzia de votos a menos, suspeito que o tucano deixaria a barba crescer - se ocupasse o terceiro lugar das pesquisas, cortaria um dedo também. Se o principal adversário da gaúcha começou um vergonhoso de "siga o mestre" com Lula, qualquer esperança de confronto desmoronou ruidosamente.
 
Resta agora torcer. Para que eu esteja errado, principalmente. Meu desânimo com um futuro distante vai ficando mais profundo a cada quatro anos (e o destino, que era cinzento, escurece assim como o céu após todo o tempo que levei para escrever esse post).

Saturday, October 2, 2010

De volta à realidade

Após muitas noites passadas fazendo hora extra, o fechamento do quartil se foi. Festa nos corredores, felicidade, sorrisos honestos e muita gente trabalhando de casa na sexta-feira. Minha conta não conseguiu um fechamento excepcional, mas o resultado foi um pouco melhor do que eu esperava - agora bola para a frente para tentar compensar em outubro.

Agora, a vida social voltou: ontem minha namorada recebeu seu irmão e a namorada para uma cerveja - na verdade, eles chegaram antes para um casamento que será realizado hoje, na hora do almoço, em Campinas. Como eles chegaram antes, deu para sair um pouco, conhecer melhor meu hilário cunhado e espairecer - e tomar um chopp, já que não sou de ferro.

Aos poucos vou também botando ordem em tudo: finalmente arrumei meus discos dos Beastie Boys, apesar de serem só quatro. Enquanto escrevo esse post também vou baixando o primeiro episódio da sexta temporada da série Supernatural - exibida no Brasil pela Warner ou pelo SBT (que está sempre na primeira ou segunda temporada). Agora, com a poeira baixando, terei mais tempo para espalhar minha sabedoria e genialidade através do blog - inclusive acho que mudarei de academia daqui algum tempo, o que poderia me render um pouco mais de tempo livre no meu dia a dia.

Friday, October 1, 2010

Som de Sexta XII

Considerando a eleição presidencial do fim de semana com a quase certa vitória de Dilma, as declarações que soam ameaçadoras à democracia e à liberdade de opinião, a falta de opção dos eleitores e à fragilidade de instituições como o Supremo, deixo aqui uma música dos brasilienses (isso foi coincidência) do D.F.C.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...