Olímpico - Grêmio 2 x 1 Portuguesa
Infelizmente cheguei um pouco atrasado, não deu tempo de conferir os arredores do estádio direito. Entrei pelo portão que fica no meio da Geral (que tinha bem mais molecada do que eu imaginava) e fui para a direita, perto de onde um jogador da Lusa foi expulso. Gostei dos degraus baixos na arquibancada, fica bem melhor para andar do que os degraus altíssimos comuns em estádios paulistas.
Sobre a Geral, gostei da fórmula da barra que difere muito do modelo de torcida organizada: músicas mais curtas e sendo repetidas por muito mais tempo (durante todo o jogo, devo ter ouvido entre dez e quinze músicas), o bumbo cadenciado, toda a parte estética... foi algo legal de se conferir de perto, ver pela televisão realmente não capta o que é essa forma de torcer. O torcedor comum aceita bem a Geral e em alguns momentos canta junto, mas só as músicas mais simples e não fica pulando. Achei interessante a quantidade de faixas e bandeiras que vai bem além da Geral, imagino que seja grande o número de pessoas que ajudem com seus trapos.
Havia também a Jovem, que se mantém como TO, mas essa não tem o mesmo prestígio e nem a mesma presença que a sua concorrente tem. Inclusive houve alguns princípios de briga durante o intervalo, depois soube pela comunidade que foi graças a uma bandeira de uma organizada do Botafogo (talvez a TJB). Alguns brigadianos entraram em conflito com a Geral, depois com a Jovem, depois um bonde da Geral foi até a Jovem. Resultado: cinco jogos sem instrumentos.
Hoje: a Geral acabou se rachando pois as lideranças divergiam sobre o apoio financeiro do clube à torcida. Há, então, a Geral e os tradicionalistas do Portão 18, que inclusive voltaram a cantar em portunhol e levar trapos nesse "dialeto".
Beira-Rio - Inter 1 x 0 Atlético-MG
Cheguei ao estádio com um bom tempo de antecedência e fiquei tomando uma cerveja com o Froner nos ambulantes. O estádio impressiona pelo tamanho e mais ainda por ter sido construído sobre uma área aterrada, além de ser uma área de acesso complicado para a torcida visitante, com só uma avenida de acesso (a Borges, se não me engano).
Dentro do estádio ficamos do lado oposto da Guarda Popular, o que acabou sendo um erro: o som da GP se misturou com a bateria da Camisa 12 e resultou numa mistura incompreensível. Apesar disso, a Popular fez uma festa legal e achei bacana terem barras com as cores do time e do RS. Algumas músicas que cantaram também são da Geral (aquela do "Atirei o pau no *****", por exemplo, mas essa eu ouvi nos quatro estádios), mas com algumas diferenças: naquela dos pingos de amor, por exemplo, a barra pula de um lado para o outro.
Só achei uma pena o setor da coréia estar desativado, mas de acordo com o Froner, o pessoal que ficava lá subiu para formar a Popular, então há males que vêm para o bem. Há planos para aproximar a arquibancada do campo e espero que as grades voltadas para o gramado com arame farpado sejam mantidas: além de poderem ser escaladas mais fácil, o arame dá uma aparência muito legal à bancada.
Hoje: o único desses quatro sem mudanças significativas. A Guarda Popular continua soberana na arquibancada, suas festas têm melhorado e inclusive torcedores flamenguistas plagiaram duas músicas coloradas (uma da Fórmula 1 e outra do Mamonas, da camisa vermelha), mas as obras do estádio ainda não foram iniciadas.
Visitar estádios é algo que me agrada muito, uma forma inusitada de se verificar aspectos culturais de um local. Em minha viagem pela Argentina e Chile, visitei vários.
ReplyDeleteminha admiração só não é maior que minha inveja hehe desde que voltei de POA que tenho o plano de ver as canchas de BsAs, mas não vem dando certo
ReplyDeleteQue pena que vc não teve a oportunidade de conhecer o Olímpico direito.. a área deles [de terreno mesmo] é ABSURDAMENTE grande. A loja é sensacional.. eu fiquei de cara.. Quanto ao Beira Rio não conseguia tbm escutar a Popular.. só na hora dos Mamonas que o estádio todo cantou e eu fiquei verdadeiramente admirada.
ReplyDeleteNo mais, pau no cu do Inter! Haha