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Sunday, October 17, 2010

Dias melhores vieram

Praticamente sem aviso, muito antes do que eu esperava, chegou o horário de verão! Tardes eternas, saída do trabalho ainda com luz solar, impressão de dias mais longos... tirando os primeiros dias de adaptação, não consigo ver nada de negativo nesse período de economia de energia elétrica. Há quem o odeie, um amigo até diz que é "coisa de vagabundo", mas como só dura alguns meses, logo tudo estará de volta ao normal. Até lá, conseguirei chegar em casa andando pela sombra.

Hoje, por exemplo: minha namorada viajou para sua cidade, Araras. Enquanto ela fica lá, fico aqui cuidando de seu hamster Golias, escrevo um pouco, boto tudo em ordem no apartamento e, lá por volta das 17 horas, ainda dá tempo de pegar a bicicleta para pedalar - ou, pelo menos, fazer uma caminhada, já que estou meio baleado graças à volta aos treinos após mais de um mês parado.

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Já é noite e fiz minha caminhada. O Cambuí, que parecia tão sonolento no fim de semana, ainda tinha alguns bares abertos no final da tarde. Consegui ouvir um pouco das torcidas de Guarani e Corinthians quando entrei na Padre Almeida, mas o empate sem gols não rendeu um buzinaço pelas ruas campineiras. Aliás, achei curioso o número de bugrinos que sai de casa, gasta dezenas de reais nos bares, mas prefere isso a uma visista ao estádio de seu time.

Ver o dia acabar aos poucos lembra minha chegada aqui, quando não tinha nem televisão aberta nem internet. Passava os dias lendo e andando por aí, comprando ítens básicos que só foram lembrandos quando se tornaram necessários (ninguém lembra dum ralo de pia até a primeira vez que lava louças) e hoje, como minha namorada precisou viajar, passei a tarde lendo, andando e agora ouvi o final do excelente São Paulo 4 x 3 Santos.

É legal olhar para trás e ver como as coisas mudaram um pouco: hoje continuo me preocupando com trabalho e não em conseguir um trabalho. Antes comprava coisas novas, hoje também (quebrei o cabo duma panela e tive que fazer Miojo para a janta numa panelinha de acampamento). Um dia tentei botar comida para passarinhos na janela, agora sou baby sitter do Golias. Mais mudanças virão por aí, mas algumas só em 2011.

Não é preciso ir ao Alasca para mudar ou crescer

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