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Thursday, May 26, 2011

Contagem regressiva

Quarta-feira foi o dia em que acabou a vida fácil: com a volta à rotina do trabalho, tive que fazer a barba, raspar a cabeça e parar de gastar algumas horas do dia na internet (agora terei que retornar aos poucos minutos esporádicos de procrastinação habitual). No entanto, os vinte dias que tirei de folga valeram muito a pena, tanto pelas viagens quanto pelo "ócio" - não deu tempo de ficar tão vadio assim, mas aproveitei bem as oportunidades que surgiram.

Aliás, se não tive tempo para vadiar, é porque passei cerca de dez dos vinte dias livres viajando: primeiro em Buenos Aires e, no último fim de semana, comemorei o cumprimento de um ano de namoro em Monte Verde-MG com minha namorada. Saímos na sexta-feira à tarde e dirigi até lá - aliás, pior experiência que já tive atrás do volante na vida - e chegamos no começo da noite. Aqui vão algumas dicas para quem quiser visitar ao pequeno distrito de Camanducaia.

Ficamos hospedados na ótima Estalagem Spiller, um pouco distante do "centro" (na verdade, há apenas uma avenida com comércio e restaurantes e algumas ruas de terra próximas), mas ao lado de uma das trilhas que sobe pela mata. O primeiro jantar foi no Só Sopas, restaurante logo após o portal. Recomendo passar por lá, comemos uma sopa pequena cada que acompanha, como cortesia, uma taça de vinho e ainda pegamos um strudel de sobremesa, tudo isso por R$ 20,00 cada.

Enquanto a sopa não vem
Na manhã de sábado comemos do farto café da manhã oferecido na pousada e fomos percorrer uma das trilhas. O plano era subir até uma rocha conhecida como Platô e, de lá, andar mais até o Pico do Selado, porém o tempo nublado bloqueou a vista e preferimos descer de volta. Durante a tarde comemos mais um strudel de maçã, desta vez com sorvete e chocolate quente no Beija-Flor, fizemos algumas compras e encerramos o dia com fondue e vinho na pizzaria Cantina Roma. Achamos o lugar agradável, a comida boa e o cardápio muito diversificado: há pizzas, carnes, peixes, massas, fondue... e, na saída, MUITO frio, principalmente graças à mudança de planos feita durante o dia. Como concordamos em ficar durante toda a tarde e a noite na cidade, não passamos no hotel para pegar roupas mais pesadas.

Do alto do platô
Enfim, no domingo, apenas tomamos café e demos uma volta pela área verde da estalagem pois o check out era às 13 horas. Ficamos muito pouco e não deu tempo de fazer mais nenhuma trilha, mas essa caminhada pelo amplo espaço anexo quebrou um galho. Mal voltei e já quero ir até lá novamente, valeu muito a pena!

Lazing on a Sunday afternoon!!

Wednesday, May 18, 2011

Nostalgia

Mesmo formado em Jornalismo desde o distante ano de 2006, minha falta de interesse em trabalhar nessa área fez com que eu não procurasse meu diploma quando concluí o curso. A subsequente dispensa da obrigatoriedade do documento para exercer a profissão, então, tornou o diploma em apenas uma folha de papel - no máximo, um forro de gaiola. Apesar de tudo isso e de todas as minhas lamentações e graças aos incentivos de minha namorada, decidi ir atrás do bendito nesta tarde.

Foi curioso passar novamente pelo campus que frequentei por tanto tempo e que não via a quase meia década. Como estive lá no meio da tarde, não cheguei a pegar o movimento costumeiro das aulas noturnas, mas deu pra ver que pouca coisa mudou: alguns "guerreiros" já bebiam no bar mais próximo ao campus enquanto estudantes se encontravam para fazer pesquisas e trabalhos em grupos. As cantinas, os prédios e até alguns funcionários continuam os mesmos. Só dá uma sensação de ter envelhecido muito quando percebo que já fui da "pirralhada" de cara lisa deslumbrada e que agora já sou um semi-calvo pessimista.

Mas enfim, pedi a cópia do diploma e daqui noventa dias ele fica pronto. Ainda acho que não vou voltar às minhas pretensões de 2002 de trabalhar numa redação, mas vai ser legal ter essa "folha de papel" e todo o significado que ela carrega.

Monday, May 16, 2011

É hoje

Um ano de risadas, abraços, sorrisos, carinhos e beijos. Trezentos e sessenta e cinco desejos de um bom dia. Muitas pizzas, vários cafés da manhã, algumas idas ao estádio da Ponte e inúmeros filmes no cinema. Cerca de trinta ou quarenta "parentes" novos para perguntar de mim quando não viajo a Araras e mais de mil quilômetros rodados para ir e voltar de lá. Uma ou outra lágrima, uma ou outra discussão - até porque somo humanos... Tudo isso em apenas um ano de namoro. Te amo, Lu, que haja muito mais para comemorarmos!

Em Araras!

Wednesday, May 11, 2011

Argentina - Dia 7 - 11/05/11

Último dia de longas caminhadas e passeios diferentes, mas talvez o mais cansativo. Como estava meio sem ideais, fui lembrado pela minha namorada da livraria Ateneu e do cemitério do bairro Recoleta, onde está enterrada Eva Perón. Pesquisei onde esses pontos estavam e como não eram tão distantes entre si e o segundo, próximo da Avenida del Libertador, me permitiria voltar de ônibus, parti para a peregrinação logo após o café da manhã.

Percorri um ou dois quilômetros pela 9 de Julio, encontrei a Avenida Santa Fé e fui até a Ateneo, um antigo teatro reformado e transformado em livraria. A modesta fachada composta apenas por um grande letreiro com o nome da empresa disfarça a opulência do interior, considerado um dos espaços mais belos para se comprar alguma obra literária. Além do rico acervo de livros, há um café situado onde já ficou um palco, além dos camarotes que receberam prateleiras de filmes e discos.
Ateneo
Após sair e almoçar umas empanadas, andei mais algumas quadras para chegar ao cemitério. Formado apenas por mausoleus, conta com inúmeras estátuas para homenagear alguns personagens importantes da história argentina. Além de Evita, que ainda recebe flores, há outros nomes de militares e políticos que reconheci de avenidas da capital.


Na saída desci em direção à avenida para pegar o ônibus, mas percebi que o prédio da Universidade de Direitos e Ciências Sociais não estava longe. Como minha namorada é formada na área jurídica, aproveitei para fotografar a frente do prédio, uma construção no estilo do Partenon. De quebra, também fotografei a flor de metal (não sei o nome correto!) que fica no jardim vizinho, mas que eu não havia visto graças às árvores que bloqueiam a visão de quem está na Libertador. Com todas estas fotos tiradas, minha missão estava cumprida. Agora resta comprar os alfajores, os últimos bocaditos e começar a arrumar as malas para retornar. AQUI estão as fotos do dia.

Tuesday, May 10, 2011

Argentina - Dia 6 - Caminito e Bombonera - 10/05/11

Para mudar um pouco a toada da viagem, comecei hoje alguns passeios mais breves e mais leves. De manhã comi uma empanada e tomei um café em uma cooperativa de trabalhadores do bairro e passei um tempo conversando com a senhora que administra o negócio sobre política argentina e brasileira. Minha impressão de amplo apoio da população a Cristina Kirchner foi rechaçada pela notícia de que muitas das pixações de apoio seriam de gente paga pelo governo. Além disso, ela também falou da pouca opção nas vindouras eleições presidenciais, algo semelhante ao que passamos no Brasil em 2010.

Depois do papo e duma volta pelo bairro, almocei um choripan e fui para o bairro de La Boca, ver El Caminito e La Bombonera. As casas coloridas são legais, soube que a tradição nasceu da pobreza dos primeiros moradores que só conseguiam pintar suas casas quando achavam algum resto de tinta no porto - e nem sempre os restos eram abundantes. Há muitas lojinhas, restaurantes e gente que cobra para posar para fotos com turistas, principalmente dançarinos de tango e um sósia de Maradona.

El Caminito

Após comprar algumas das últimas lembranças, saí e fui até La Bombonera, o estádio do Boca. As ruas que ligam um ponto ao outro são muito diferentes do tradicional ponto turístico, algo como o contraste entre o Rio de Janeiro das favelas e o das novelas. Enfim, cheguei e comprei minha entrada do tour por apenas 20 pesos e fomos chamados pela excelente guia. Conhecemos as arquibancadas, o vestirário dos visitantes, fui fotografado com a taça da Libertadores e até ensaiamos uma avalanche atrás de um dos gols. Após mais algumas fotos (todas elas NESTE LINK), peguei um ônibus de volta para o albergue.

La Bombonera

Monday, May 9, 2011

Argentina - Dia 5 - Feira do Livro - 09/05/11

Hoje foi o encerramento da 37ª Feira do Livro de Buenos Aires, sediada na Casa Rural, no bairro de Palermo. Saí cedo para trocar um pouco de dinheiro e peguei um ônibus até a mostra, mas cheguei duas horas antes da abertura - o horário de hoje eram 14:00. Como sobrava tempo, almocei uma fatia de pizza e quando pensei em voltar para esperar a abertura da bilheteria, percebi que a fila já era longa, mesmo mais de uma hora antes do horário de abertura dos portões.
 
Após muita espera a fila andou e consegui comprar minha entrada, dali cheguei ao primeiro salão, um espaço para exibições de ONGs e órgãos do governo argentino - inclusive da Polícia Federal e do equivalente do que seria a brasileira Ordem dos Advogados do Brasil. Após tomar um corredor cheguei ao segundo espaço, este muito maior que o primeiro e com stands de editores. Do lado de fora da feira uma fila imensa aguardava atendimento para retirada de novos documentos de identidade e passaportes - isso justificava toda a espera, mas mesmo assim ainda havia um bom público no evento.

Vargas Llosa, alvo de polêmica antes da feira
Conferi tudo e só confirmei minha suspeita: o livro é mesmo mais barato na Argentina do que no Brasil. Apenas alguns livros de fotografia e design estavam com preços mais salgados, mas eram mais volumosos, bem produzidos e creio que também seriam caros na meu país. No fim, consegui conter o entusiasmo e não comprei muito graças à óbvia barreira do idioma. Trouxe de volta apenas uma revista, um livro sobre o jogador Juan Sebastián Verón, uma "correntinha" para crachás e uma flâmula do Huracán (o clube sedia um espaço na feira pelo quarto ano seguido) e, como brinde, ganhei um folheto de poemas sobre a equipe.

As compras do dia
Na saída conferi as barraquinhas de livros usados que ficavam no canteiro central da avenida mais próxima. Novamente, muita coisa interessante estava ali, mas não fazia sentido comprar um Fausto apenas para decorar uma prateleira - embora o livro sobre "La Brujita" possa ser lido mais facilmente.

Argentina - Dia 4 - River Plate 0 x 2 All Boys - 08/05/11

Caí da cama bem cedo para ver a feira do bairro de San Telmo. Cedo demais: quando cheguei à Defensa, só alguns hippies haviam começado a montar suas tendas e exibir seus produtos. Andei em círculos para gastar um tempo e tomar café da manhã, mas a cada vez que tentava conferir algo da feira ela aumentava um pouco e tomava mais algumas ruas vizinhas. Acabei comprando uma cuia de chimarrão e uma bomba, além de uns presentinhos. Saindo dali almocei a dica da minha cunhada, o "choripan", um lanche de pão com linguiça - também o vi nos dois estádios que visitei.

Após o almoço resolvi cochilar, já que seria impossível ir até o estádio do Lanús, ver a partida, esperar a saída da torcida do Boca, atravessar a cidade e chegar ao afastado bairro de Nuñez, tudo isso em apenas duas horas. Saí do albergue e tomei o ônibus por volta de quatro da tarde (a partida era às 18:10) junto com um grupo de torcedores adolescentes. Desci junto com eles na Avenida del Libertador e caminhei algumas quadras junto com os torcedores locais.

Cabe aqui uma observação: acho que a alta concentração de clubes em apenas uma cidade deve ter gerado alguma forma de acordo entre as torcidas, caso contrário Buenos Aires se tornaria uma área de conflitos em questão de três ou quatro finais de semana. Quando passei pela avenida, ouvi várias sirenes e de longe vi uns ônibus muito velhos com a torcida visitante passando perto de muitos millonarios. O mais incrível era a forma nada discreta da chegada, com torcedores e torcedoras pendurados para fora do ônibus, provocando e xingando os adversários. Já passei por algo parecido (dentro do ônibus) e no Brasil... bom, é diferente.

Quando cheguei ao lado do estádio do meu setor, percebi que ir jogo do Lanús acarretaria em mais um problema: meus hábitos de estádio com a Ponte Preta se moldaram a uma torcida de três, quatro mil pessoas, mas aqui o público (que deve ter passado dos quarenta mil) envolve ônibus mais cheios, filas muito maiores, mais tempo para revista... quandro entrei ainda havia bastante espaço livre, mas o público foi excelente. Os torcedores rivais também, cerca de quatro mil estiveram ao lado de sua equipe.

Após uma certa espera, o time do River Plate entrou em campo praticamente junto de sua barra, Los Borrachos Del Tablón (LBDT). A entrada da barra, aliás, foi das movimentações mais impressionantes que já vi no futebol. Para não disputar a atenção com os atletas, os integrantes da bateria passaram pelo portão de acesso e se detiveram no caminho para o espaço reservado. Após a apresentação do time, voltaram a tocar e reabriram os guarda-chuvas. Depois entraram com cerca de quinze bandeiras, seguida por um trapo e, finalmente, baixaram um bandeirão que cobriu toda a cabeceira do Monumental de Nuñez. ESTE VÍDEO, de outro jogo, dá uma ideia da entrada.

Falarei brevemente sobre a partida: o River sofreu uma derrota com cara de Ponte. Pressionou, jogou mais, teve mais posse de bola, mas lhe faltou um meia de criação e tomou dois gols em contra-ataques, primeiro com Gigliotti e, já nos acréscimos, com Rodríguez. AQUI estão os melhores lances.

A única nota triste - de falecimento - fica por conta do cartão da minha máquina, queimado após fotografar um bandeirão baixado após a partida. A máquina barata, comprada para "trabalhos de risco" como jogos, acabou causando mais dano sozinho do que se acontecesse algo a um aparelho mais caro. Portanto, é melhor comprar o pior modelo da melhor marca do que uma ótima... Oregon (dá até vergonha escrever o nome desse lixo plástico cinzento).

Como não tenho fotos minhas, vou ter que recorrer a um site de torcedores, La Página Millonaria. Segue abaixo uma das fotos deles:

Saturday, May 7, 2011

Argentina - Dia 3 - 07/05/11

Hoje foi um dia curioso, tive a impressão de ter feito pouco (comprei ingresso para um jogo e assisti outro), mas até que foram boas horas. Peguei um ônibus para chegar ao Monumental de Nuñez e rodei por uma área nobre da cidade, com muitos parques e muito arborizada. Notei que o labrador é, com sobras, a raça de cães mais popular por aqui, muito a frente de qualquer outra. A única diferença é que no Brasil se preferem os labradores e golden retrievers dourados ou palha enquanto aqui estes perdem espaço para a pelagem cor de chocolate. Já os cachorrinhos como yorkshires e poodles não nulos nas ruas, muito diferente da realidade que conheço no bairro em que moro.

Torre na linha central
Comprei o ingresso após perder um pouco de tempo caminhando pelas ruas do bairro e voltei para o albergue. Almocei um lanche num café próximo (na esquina mais próxima) e pouco depois saí para chegar ao estádio do Huracán para a partida contra o Olimpo. Cheguei muito cedo, comprei um ingresso no setor de cadeiras numeradas e assisti ao segundo tempo da partida dos elencos juvenis das duas equipes. Aos poucos o público chegou e penduraram trapos e tirantes, mas não havia tanta gente quanto eu esperava - mas é muito legal a forma como acontece a entrada da banda, primeiro começam a batucar ainda no exterior do estádio e entram tocando, todos juntos.

A torcida local
Sobre a partida, o Huracán encontrou dificuldades para criar jogadas e não conseguia passar pela defesa rival mesmo após a expulsão de um jogador (Brum, por uma cotovelada). Galván abriu o placar para os visitantes, Cámpora empatou e Bareiro confirmou a vitória do Olimpo. O último gol, feito nos acréscimos, encolerizou toda a torcida e automaticamente algumas pessoas começaram a arrancar seus trapos dos alambrados. Alguns policiais tiveram até que conter um homem - o time é penúltimo do campeonato e muitos já estavam de ânimos exaltados antes mesmo do jogo. Após uma espera de quinze minutos para que a saída rival saísse, consegui sair e voltei de ônibus para o albergue.

Muito barulho e pouca harmonia: a barra do Olimpo fica estranha apenas com bumbos e metais

Friday, May 6, 2011

Argentina - Dia 2 - 06/05/11

Depois de uma noite de muito sono, acordei às 10 da manhã e fui tomar café. Aqui fica a única ressalva: como San Telmo parece ser um bairro boêmio da capital, a noite pode ser cortada por algumas gritarias e gargalhadas. Quem quer paz, portanto, talvez precise pensar em algum outro bairro na capital argentina.

Tomei café e saí para procurar o banco de praça com a personagem de quadrinhos Mafalda. Sabia mais ou menos onde ficava, mas bati muita perna até ve-la realmente - e só a encontrei graças a um casal mais maduro que também tirava fotos com a menina, já que esperava que o banco estivesse em uma praça e não na calçada em frente a um café. Depois disso voltei ao albergue, já que a guria estava a poucas quadras de distância e peguei minha mochila.
De longe, achei que era um macaquinho de brinquedo

Meu plano era visitar uma loja chamada Futbol y Algo Más, mas esta era indicada como um ponto em Lanús, um tanto distante do albergue. Peguei indicações de lojas de artigos de futebol mais próximas e botei o pé na rua. Acabei encontrando, por acidente, a Casa Rosada, o Obelisco, a Avenida 9 de Julio e vários prédios históricos da capital. Tirei uma foto do Teatro Colón apenas por ter ficado impressionado com sua fachada, mas uma senhora que passava me indicou o nome do edifício.

Também passei pela Calle Florida, aparentemente um ponto de visita obrigatório para quem viaja à Argentina para fazer compras e lá comprei algumas lembranças - curiosamente, uma delas vem duma loja em que meu pai comprou um presente para mim, a 100% Argentino. Almocei umas empanadas nesta mesma galeria, a Colón, e segui minha caminhada - 9 de Julio abaixo.

Desci a avenida procurando a loja de artigos esportivos, mas o número indicado era um prédio pequeno com uma corretora de seguros numa sala e um adesivo dos Narcóticos Anônimos na outra. Entrei e falei com um senhor bigodudo, que disse que nunca existiu loja alguma de camisas de futebol naquele endereço. Não sei o que houve, acho que vi o endereço errado, mas vou conferir algum outro site além do Google Maps.

Teatro Colón
Em contrapartida, a boa notícia é que o River Plate joga em casa no domingo, então não terei que mudar nada do meu cronograma de partidas. Devo ver três ou quatro partidas, dependo apenas do horário da partida do Chacarita - como essa torcida cujo clube disputa a segunda divisão é notória, vale a pena tentar conferi-los de perto.

Thursday, May 5, 2011

Argentina - Dia 1 - 05/05/11

Depois de alguns anos de desencontros e tentativas frustradas, finalmente realizei o sonho de conhecer Buenos Aires. A ideia já é antiga e a viagem a Curitiba e Porto Alegre para conhecer os estádios locais foi uma forma de "estágio" para estar aqui hoje - apesar da viagem anterior ter sido feita no longínquo ano de 2008. Muito mudou desde então, vi uma parte considerável dos meus amigos passarem por aqui, mas agora é minha vez. Para não acumular muito material para acumular em um post gigante escrito em Campinas, farei um dia a dia breve.

A quinta-feira começou de madrugada, na casa da minha família. Meu pai me deu uma carona até Viracopos e peguei um voo até Montevidéu. Infelizmente não vi quase nada da capital uruguaia, apenas um bairros carentes dos arredores do aeroporto de Carrasco. Aliás, gostei muito do desenho da estação, mas tive que tirar uma foto de dentro do avião - fui censurado por um funcionário ao tentar fotografar a fachada antes do embarque para a Argentina. Uma curiosidade: vi um trio de árbitros da Fifa e descobri que, quando estão a serviço da entidade (certamente em algum jogo da Libertadores, neste caso), andam por aí uniformizados com ternos cinzas, camisas brancas e gravatas de listras diagonais grená com a inscrição da sigla da entidade futebolística.

Em Buenos Aires, fui surpreendido perto do momento da aterrisagem: acho que vi o estádio do Huracán e passei pelo Monumental de Nuñez, mas meu sorriso foi desfeito pela presença dum palco em cima do gramado. Surgiu aí uma falha no meu planejamento: conferi tabelas, partidas e horários, mas não locais de jogos - caso o show aconteça no sábado, então o River Plate, dono do estádio, deve jogar em outro campo. Neste caso, terei que alterar meus planos: deixaria de assistir Lanús x Estudiantes e River x All Boys para ver Argentinos Júniors x Boca e Independiente x San Lorenzo. Ainda vou investigar isso direito até amanhã para saber onde jogarão os millonarios.

Enfim, após esta surpresa, cheguei ao aeroporto e fui surpreendido por uma multidão de adolescentes próximas à cabine da casa de câmbio. Achei que era alguma viagem de formatura, mas elas estavam apenas esperando atrás duma barreira. Observei os cartazes com dizeres como "Argentina S2 Miley" e "Miley Cyrus" e notei que uma moça que mal saiu da adolescência e sua horda de seguidoras histéricas podem bagunçar todo o meu cronograma. Depois disso peguei um táxi e cheguei ao albergue América del Sur, em San Telmo - a primeira impressão foi muito boa.

Só uma observação desnecessária, mas que precisa ser registrada: a Argentina é a capital mundial do cabelo bizarro. Moicanos com dreads, mullets parciais e completos, homens de madeixas oxigenadas, mulheres cuja descrição vai muito além da minha capacidade de síntese... até os carecas cometem atrocidades como a trancinha de padawan e mullets longuíssimos. Se um dia o Neymar quiser fazer uma pós-graduação, que arrume um contrato com algum time portenho.

Para encerrar, o restaurante em que jantei foi o El Desnivel, na rua Defensa 855. A churrascaria é simples, mas seus pratos são generosos e os preços, bem acessíveis. Depois de passar por lá li num guia que os garçons se vestem como açougueiros, com aventais ensanguentados e facas na cinutra, mas felizmente acho que isso está desatualizado. De qualquer forma, é uma boa referência e recomendo para quem quiser conhecer - mas vá com muita fome.

El Desnivel

Monday, May 2, 2011

Alchemy

Há algum tempo discuto com um ou outro amigo sobre o futuro dos jogos eletrônicos, principalmente em relação às pequenas obras independentes. Soube do Minecraft, aventura criada por apenas uma pessoa, mas não pretendo joga-lo tão cedo - parece muito divertido e o conceito é interessante, porém deve consumir inúmeras horas. Outro jogo, no entanto, este bem mais simples e muito menos exigente de capacidade de hardware, chamou minha atenção e descobri até que ele havia se tornado multiplataforma.

Minha irmã descobriu um jogo para celulares com sistema operacional Android chamado Alchemy, cujo objetivo é descobrir novos elementos e ítens a partir apenas dos quatro elementos básicos: água, fogo, terra e ar. A única ação necessária é arrastar os ícones e, quando os dois formam uma combinação válida, esta é automaticamente processada pelo programa. Algumas das primeiras combinações são: água e terra formam lama, fogo e terra criam lava, terra e ar transformam-se em areia... e a partir daí são gerados trezentos e setenta elementos, passando pela vida, pelo homem, o universo, ursos pandas, etc, etc e etc.

O único problema era a restrição do jogo, lançado até então apenas para celulares - e o meu telefone jurássico é da época da conexão WAP. No entanto, uma alma caridosa (o romeno Marius Bancila) se deu ao trabalho de recriar o jogo numa versão para Windows. O site do programador está neste LINK e a página tem algumas informações básicas, imagens e o link para download logo acima da primeira tela capturada. Se alguém estiver procurando um passatempo para perder tempo ou procrastinar de vez em quando, recomendo o Alchemy principalmente por ser portável, ou seja, pode ficar salvo num pen drive.


Algumas telas da versão de celular e o vidro sendo descoberto

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