Neste domingo conheci o Sebastian Bar, espaço para shows de Campinas que geralmente bota em seu palco bandas de hard rock e afins. No entanto, hoje, data em que completo oito meses de namoro e que meu pai faz aniversário, subiram ao palco três grupos que representam momentos diferentes do Death Metal: Exhortation, Laconist e Thriven, na ordem em que foram citadas.
A primeira banda foi interessante e fez um som simples e direto. Destaco o baterista Rodrigo, que espanca seu instrumento com a tranquilidade de quem executa um solo de jazz. A vocalista Aline parece ser o diferencial e o chamariz da banda, tanto pela sua boa aparência quanto pelo seu vocal gutural bem feito, deixando muito marmanjo no chinelo.
Exhortation |
Vinte minutos depois foi a vez do Laconist, banda dos amigos Glauco e André Neil. Se a banda não é um poço de criatividade (bom, quem no heavy metal consegue realmente ser?), os músicos compensam com a agressividade de suas composições e com presença de palco devastadora. Os riffs trituravam o público como mós dum moinho de vento sob os gritos do meu amigo vocalista viking. Boa apresentação, fui principalmente para ve-la e matou minha saudade de shows.
Laconist, com André na esquerda e Glauco na direita |
Finalmente, foi a vez do Thriven. A banda se enquadra num perfil mais moderno do death metal, com integrantes tocando com roupas coloridas, cabelos curtos e músicas com trocentas mudanças de andamento, pausas e vocais rasgados. Confesso que via esses "novatos" com certo preconceito, mas ao vivo reconheço que o impacto dessa bagunça organizada está muito acima das minhas antigas expectativas. Por mais que uma banda não tenha músicos exímios , esse caos todo dá muito trabalho para ser criado e o resultado fica interessante e imprevisível.
"Ah, aí está a criatividade que você procurava!", alguém pode ter pensado. A primeira banda que fez isso na história (Dillinger Espace Plan?) talvez seja o estalo de craitividade do estilo, porém a tendência é que muitas caiam no lugar comum de tentarem ser inovadoras trilhando exatamente os mesmos passos da precursora - como as muitas bandas progressivas que faziam exatamente o mesmo som sem progresso algum na década de 70. Caso o pessoal do Thriven não cometa esse erro de serem criativos ao modo da banda X, acredito que podem "dar liga", assim como os pedreiros do Laconist e a competente Exhortation - se for para tentarem passos maiores, que saibam usar essa arma chamada Aline.
Formação atual do Thriven |
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