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Saturday, January 15, 2011

1984 - Parte 11

Mais uma vez chega o verão e com ele o Big Brother Brasil. Época de "pouca roupa e muito chifre", como estã num texto que não sei se é legitimamente de Luís Fernando Veríssimo, mas que resume bem quais são os chamarizes da atração global: corpos em evidência e polêmicas. Aliás, pelo número de edições já disputadas, acho que já tem gente boa em palpitar caso se façam bolões de quem vai sair na Playboy, na sua "prima pobre" Sexy e na G Magazine.

Assim como de um lado surge a histeria dos fãs do reality show, há também a firme resistência de quem não assiste, ou melhor, de quem odeia com todas as suas forças um reles programa de televisão. "Big Brother não acrescenta nada!", exclama alguém que certamente passa noites ponderando sobre qual lado tomar, se o de Russell ou se o de Wittgenstein. Eu mesmo já tive essa postura arrogante, mas ao notar que não via o programa para jogar videogame, ficar de bobeira no MSN ou, na melhor das hipóteses, ler alguns livros de história (mas nada lá muito enriquecedor), vi que não estava em condição de ser tão crítico com os fãs do programa.

Resta apenas tentar entender como esse programa pode causar emoções tão intensas, tanto de um quanto de outro lado. Há quem assista e se justifique com o discurso de que o programa "é uma boa oportunidade de estudo sociológico". Ora, se quase vinte adultos ardilosos são interessantes, o que dizer de dezenas de milhões que torcem e gastam tempo votando em seus ídolos? O melhor do programa, penso eu, está aqui do lado de fora da casa. Aos que visitarem o blog e não forem fãs do BBB, não pense "lá vem a Fulana de novo falando do programa", pense "por que ela torce para o participante X?" ou algo além. Talvez aí um brother vai ajudar a revelar o verdadeiro caráter de quem está ao seu lado.

Orwell, muito antes de imaginar para que sua obra viraria

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