Foram meses de burocracia, viagens para São Paulo atrás da obtenção
do visto, pesquisas a respeito de pontos turísticos, muitas conversas
via Skype e uma dose de "paitrocínio", mas finalmente os projetos
se materializaram no dia 20 no momento em que meu pai e eu embarcamos
num voo para os Estados Unidos. Saímos de São Paulo rumo a Houston e de
lá tínhamos conexão até a California, estado onde minha irmã tem
trabalhado como au pair desde agosto.
Sofremos
um imprevisto na chegada com o controle de imigração pois havia poucos
atendentes a postos para receber todos os passageiros de dois grandes
voos. Lição aprendida: não tente fazer dois voos num intervalo de tempo
muito curto, às vezes algum imprevisto pode surgir (não necessariamente
por uma falha sua) e isso pode resultar em seis horas preso num aeroporto no
meio do Texas.
Ostentando, mas sem ser vulgar |
Após esse atraso e outra viagem,
finalmente chegamos a San Francisco e revi minha irmã, distante já há tanto tempo. Apesar desta ser a
principal cidade da região da Bay Area, passamos mais tempo em cidades
vizinhas menores. A região me lembrou aquela imagem tão reproduzida em
filmes como, por exemplo, Beleza Americana: casas de frente aberta e sem grades ou muros, com grandes
gramados, ruas amplas e muito arborizadas e criançada na rua. Talvez por serem cidades de
crescimento recente, tenham crescido com mais calma e mais ordenadamente
e a impressão que se passa é de ser uma terra de fartura: algumas avenidas chegam a ter cinco ou seis vias, carros são gigantescos, refeições como no Cattlemen's e no Black Bear Diner são cavalares.
Pokémon do Aquário |
As
cidades menores visitadas foram Pleasanton, Dublin e Livermore para
conhecer a família que hospeda minha irmã e fazer algumas compras
(finalmente comprei meu Kindle, a propósito); na litorânea Monterey
passamos frio e aproveitamos o comércio local com direito a jantar no
Bubba Gump Shrimp - sim, aquele citado no filme Forrest Gump - e
passagem pelo aquário da cidade; em Napa visitamos a vinícola Del Dotto
para presentear nosso pai com uma degustação de vinhos e em Carmel
passamos pela praia, mas apenas brevemente porque o vento frio nos
desanimou até de botar o pé na água - apenas uma guerreira solitária se
dispôs a tomar sol de biquíni mesmo com os poucos graus de temperatura
daquela tarde.
Fechamos a viagem em San
Francisco com um tour pela cidade num ônibus de dois andares e o pior
frio que senti na vida com o vento da Golden Gate Bridge. Em seguida, demos uma olhada em
Chinatown, almoçamos no Pier 39, conhecemos o antigo presídio de Alcatraz (e recomendo muito esta atração) e encerramos a passagem por "San Fran" com alguns drinks no bar da cobertura dum hotel, o Mark Hopkins.
Como esta já é uma cidade grande e mais antiga, tem algo mais próximo
ao que também se vê nas grandes cidades daqui: um pouco de sujeira nas
ruas, mendigos e/ou hippies (é difícil diferenciar) e semblantes um
pouco mais fechados.
Mas friso que o estado da
California tem, mesmo nessa cidade um pouco mais carrancuda, um pessoal
muito acolhedor e muito atencioso, seja a população ou os comerciantes. Logo
mais posto sobre a segunda metade da viagem, passada em New York e faço
um comparativo dos dois lados.
Golden Gate Bridge, em San Francisco |
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