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Friday, May 18, 2012

Macacos do proletariado

Era uma vez uma cidade do interior de São Paulo, não tão populosa, mas pioneira no esporte do estado: nela foi fundado o primeiro clube de futebol paulista. Com raízes populares, a equipe contava com atletas negros e operários de origem humilde já em 1900, mais ou menos uma década antes de várias outras agremiações começarem a brotar pelo Brasil para praticar o esporte, porém com hierarquias elitizadas e com participação permitida apenas a atletas brancos. Narrarei a seguir como a Ponte Preta, um time paladino da igualdade foi subjugado e até hoje sofre consequências por perseguições do passado.

Criado originalmente pelos jovens Pedro Vieira, Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi e Antonio de Oliveira, a Ponte viria a se tornar rapidamente um agente de coesão das massas campineiras. Misto de cooperativa, time de futebol e instituição cultural, a Ponte Preta respirava e aguardava o nascimento de algum rival. Incomodados com a agitação popular, membros da elite da cidade se organizaram e criaram o time verde, já racista, segregador e discriminador desde seu berço. Os primeiros torcedores ponte pretanos, no entanto, receberam sarcasticamente as ofensas raciais e se auto-denominaram "macacos", um duro golpe ao rascunho de apartheid da casta dos barões do café e o primeiro cruzado (de esquerda) da luta de classes da cidade.

Assim foram o primeiro anos, com muitas ofensas, apelidos, brigas e disputas. Curiosamente, não há registro do resultado da primeira disputa, provavelmente uma vitória da Ponte abafada pela mídia "reaça" local que já era comandada por gente sem escrúpulos - não por acaso Júlio de Mesquita nasceu aqui e tem uma bela avenida com seu nome num bairro sofisticado da cidade. Os anos correram e assim as raízes socialistas da Ponte Preta se aprofundaram e se espalharam. Tornaram-se irmãos de outros clubes com o mesmo perfil, mais notadamente o companheiro Internacional de Porto Alegre, também alvejado pelo racismo nazigremista - os dois clubes fizeram um amistoso quando foram instalados os refletores do estádio da Ponte, uma óbvia alusão à estrela vermelha que é símbolo da luta operária. O Vasco, além do uniforme em comum, contou desde o começo de sua história com jogadores negros e até correu risco de ser barrado de campeonatos graças a essa honrável luta. Essa solidificação do pensamento igualitário na Ponte fez com que uma união de atenções intercontinentais chegassem ao clube.

Moysés Lucarelli, tio-avô do jogador e sindicalista Cristiano Lucarelli e pertencente a uma família historicamente ligada à luta contra o capital empenhou-se na construção dum estádio em Campinas. O projeto arrojado não contou com nenhuma construtora, mas foi erguido pelas mãos do próprio torcedor - motivado apenas pelo ideal e pela causa. O material utilizado, no entanto, foi parcialmente custeado pelo governo soviético logo após a vitória sobre o Eixo na Segunda Guerra Mundial. Assim foi criado o segundo maior estádio paulista da época, atrás apenas do Pacaembu. A obra foi batizada de Moisés Lucarelli em homenagem ao Grande Líder das Massas Alvinegras, porém ele recusou a proposta num primeiro momento. O nome foi imposto só depois, enquanto ele viajava à Argentina - a proposta do patrono era usar algo como Estádio Irmão Companheiro Vladimir Ilyich Ulyanov, ou apenas "Leninão", mas a homenagem stalinista e extremamente ligada à imagem do líder também agradou depois de algum tempo.

"Onde está a companheira Lohana?", indaga Stalin em visita ao Majestoso
Essa pujança e a mobilização popular observados pareciam prejudiciais (onde já se viu, o populacho se organizando dessa maneira??) e assim um discreto, porém eficiente trabalho da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, anterior à mudança de nome para CBF) começou a ser orquestrado nos bastidores do futebol para que obstáculos surgissem no caminho da Macaca. Já chamada nos corredores da entidade reacionária de AAPP, Associação Atlética do Povo Proletário, diretores do clube campineiro primeiro sofreram com impedimentos burocráticos em tentativas de negociações de atletas. Como não conseguiam negociar jogadores, a solução foi cria-los e assim a categoria de base começou a gerar inúmeros talentos. Destaque para o Mestre Dicá: dezesseis anos de clube, maior artilheiro da história da Ponte, um camisa 10 clássico de rara habilidade e que jamais foi convocado à vestir aquela camisa amarela-ouro "capetalista".

Assim travaram uma guerra fria Ponte e CBD até 1977, o ano maldito da final do Campeonato Paulista em que o Corinthians encerrou seu jejum. O time do interior vinha com a melhor escalação de sua história e era apontado como favorito para a conquista da taça. Mesmo com a decisão disputada em jogos apenas na capital, perdemos o primeiro jogo no Morumbi e vencemos o segundo, feito proporcional ao episódio das Termópilas.

Recorde de público no Morumbi para ver a resistência popular
No terceiro e derradeiro jogo, porém, um agente duplo do imperialismo infiltrado nos corredores do Moisés Lucarelli fez naufragar o time caipira. Rui Rey consagrou-se como calhorda, judas, traidor e sacripanta ao realizar a façanha de ser expulso de campo com apenas trezes minutos de jogo na batalha final. Pior: foi expulso por reclamação pelo árbitro (e policial militar à serviço do estado corporativista) Dulcídio Boschilia. A expulsão, previamente acordada, atendeu aos interesses do capital e o desfalque permitiu que não apenas o time paulistano alcançasse o título, mas teve um significado muito maior: oprimiu a massa do interior e concretizou a ditadura elitista no futebol. Rui, o hipócrita, não foi enviado a uma gulag, mas conseguiu asilo no Parque São Jorge e passou a jogar no adversário daquela decisão - uma traição ímpar.

Esse último golpe desferido pela ditadura brasileira, pela Confederação Burguesa de Futebol e pelo demônio capitalista estadunidense declararam o início dum severo embargo imposto à Ponte Preta. Surgiram outras represálias e deboches como a entrega do título do Brasileirão de 1978 aos rivais - uma afronta à nação pontepretana perpretada pelos integralistas, que se saudavam com a palavra "Anauê!", da língua indígena tupi. Outros clubes do interior também foram agraciados com o Paulista numa tentativa de seduzir a resistência vermelha campineira, mas o clube se mantinha forte. Agora há indícios de que a ideologia centenária começa a fraquejar com a construção dum novo estádio empregando uma construtora e, assim, será dispensada sua força de trabalho graças à rendição à mão de obra escrava. Fica agora o clube frente a uma encruzilhada: segue fiel às suas origens proletárias ou rende-se ao capital? Apenas o futuro pode dar essa resposta.

Thursday, May 17, 2012

Montevideo - Nacional e Peñarol

Agora sim, o comentário sobre os jogos presenciados em solo uruguaio. Minha meta inicial era assistir ao confronto entre as duas equipes do título do post, respectivamente apelidadas de "Bolso" e "Manya", mas alguma mudança na tabela foi feita no decorrer da disputa nacional e o clássico acontece no próximo domingo, dia 20 de maio. Como minhas passagens já estavam compradas e minhas férias estão acabando, não havia como viajar para pegar essa rodada. Além do mais, a rodada realizada no fim de semana em que viajei permitiu que eu conhecesse dois estádios tradicionais, o Gran Parque Central, casa do tricolor Nacional e o mítico Centenário, palco inclusive da primeira final de Copa do Mundo em 1930.

O motivo de minha ida foi conhecer estes dois palcos do futebol mais frutífero da América do Sul. Um país de território minúsculo e com uma população de 3 milhões de habitantes, algo como uma Belo Horizonte espalhada por esse rincão pampeano conquistou duas Copas do Mundo, duas medalhas de ouro olímpicas e quinze edições da Copa América. Seus dois principais clubes não ficam para trás: o Manya tem cinco Libertadores e três Mundiais. Seu rival Bolso tem o mesmo número de glórias intercontinentais, mas venceu "apenas" três vezes a Libertadores, isso sem contar as dezenas de títulos menores como torneios de verão europeu, recopas e afins. Esse diminuto pedaço de terra impressiona pelas façanhas inacreditáveis realizadas com o modesto contingente disponível para realiza-las.

Enfim, às arquibancadas.


Nacional 1 x 1 Rampla Juniors
O Bolso entrou em campo para enfrentar um clube que se aproxima do rebaixamento, mas que lutou muito e arrancou um empate - embora eu não tenha certeza de que ele consiga se salvar. O estádio Gran Parque Central teve sua última reforma em 2005 e é uma cancha acanhada e que permite muita pressão de sua torcida, mas sua capacidade é de apenas 26 mil lugares. Traduzindo: em caso de jogos importantes, a partida não é disputada ali devido ao pouco espaço disponível e o caldeirão só serve para ocasiões de menor importância, como início ou jogos de alta criticidade da Libertadores e partidas de pouco apelo no Campeonato Uruguaio. 

O pouco espaço não foi totalmente preenchido, mas o número de lugares ocupados era bom. Fiquei atrás do gol, no setor em que a barra do clube (La Banda del Parque) se acomoda e esta cabeceira parecia lotada, mas as laterais do campo tinham algumas clareiras. A torcida visitante, atrás do gol oposto, devia contar com cerca de cem torcedores e um acervo até rico de trapos. A decepção foi a falta de adesão do torcedor "comum" aos cantos da LBDP, nem mesmo de onde eu estava conseguia ouvir o pessoal ao redor cantar - em alguns momentos cheguei até a escutar os poucos hinchas visitantes mesmo sendo eles uma minoria tão ínfima. 

Havia aquele entusiasmo após lances de perigo, uns minutos de combustão após o gol, mas apenas isso. Pior: na tentativa de levantar os ânimos, a banda trocava a música entoada a cada dois minutos, uma frequência meio alta para este formato de torcida - há barras que mantêm uma música de cinco a dez minutos, o que me causou estranheza quando presenciei isso pessoalmente pela primeira vez no Estádio Olímpico com a Geral do Grêmio, porém a Banda del Parque parecia um iPod pulando músicas em modo aleatório para tentar agradar aos muitos ouvintes presentes.


Wanderers 1 x 5 Peñarol
Por jogar de visitante o Peñarol usufrui do Estadio Centenário, porém ocupa setores diferentes: esta cabeceira da foto é a Colombes, oposta à habitual tribunal Amsterdam, setor de mesmo nome da principal barra aurinegra. O estádio, aliás, me surpreendeu de maneira positiva: apesar da grande capacidade, algo entre 65 e 75 mil lugares de acordo com sites que conferi, a visibilidade é muito boa e não há a impressão de se estar muito longe do campo. Apenas os lugares mais próximos não têm visibilidade total por serem muito baixos, mas no ingresso já há um aviso sobre isso.

Nesta partida o desempenho da torcida carbonera foi semelhante ao dos seus rivais: como o estádio é muito maior, havia muitos assentos vazios e os gritos da Barra Amsterdam não contagiaram o restante das arquibancadas. Apenas as músicas já referentes ao rival a ser enfrentado no dia 20 e com provocações ao Bolso causavam alguma reação, mas no geral a torcida se comportou de maneira apática na maior parte do tempo. Vantagem carbonera: os cantos não foram trocados com tanta frequência como no Gran Parque Central e a constância tornou a atmosfera mais agradável. Nota positiva para a torcida do Wanderers, presente em maior número que os torcedores do Rampla, com mais materiais, sinalizadores e instrumentos.

Uma curiosidade: o ex-atleta e capitão aurinegro Antonio Pacheco, doze anos de Peñarol, jogava no Wanderers e foi saudado inúmeras vezes pela torcida. Aplaudido em sua entrada em campo, viu bandeiras e um camisão em sua homenagem. Como a vitória foi definida com tranquilidade, os torcedores do Manya gritavam em homenagem a ele a cada cobrança de escanteio realizada por ele.

Atenuantes?
Nos minutos finais da goleada carbonera pensei nos possíveis fatores responsáveis pelos públicos aquém da expectativa e seus tímidos desempenhos. O ingresso é barato (mais ou menos 15 reais no primeiro jogo e 25 no segundo), os clubes atravessam bons momentos no torneio e as equipes apresentam bom futebol, então a proximidade dum jogo tão importante como o clássico da cidade seria a resposta para minha indagação. Há quem deixe de ir para economizar dinheiro ou por quaisquer outros motivos (superstição?) e essa talvez seria a causa do revés de público.

Setor em que eu estava, foto tirada do site do Nacional
Aí me lembrei de que há um ano e alguns dias estive no Monumental de Nuñez e vi o River Plate jogar com casa lotada. Também uma rodada antes de enfrentar seu maior rival. O momento vivido, no entanto, era muito pior e o clube dava seus primeiros sinais de risco de rebaixamento - um mês depois a queda foi confirmada. O que vi, no entanto, foi um estádio pulsante e de torcida inflamada mesmo após a derrota em casa para o All Boys. Creio então que não estou sendo exigente demais com os uruguaios, a condição incontestável de colossos do futebol sul-americano proporciona a ambos essa distinção frente aos outros clubes e, consequentemente, a comparação se estende às torcidas. Claro, um jogo isolado não é amostragem suficiente para criar um veredito sobre massas de tantas e tantas almas, mas o paralelo entre grupos distintos em contextos semelhantes põe os orientais em desvantagem (pelo menos em comparação com os millonarios). Voltei um pouco decepecionado com as torcidas, mas feliz por pisar no concreto das arquibancadas desses templos do futebol latino.

Tuesday, May 15, 2012

Montevideo - Cidade

Alguns imprevistos, um ou outro improviso, muita caminhada. Assim foram os quatro dias em Montevidéu, uma viagem marcada pela curta verba disponível. Apesar disso, gostei da capital uruguaia. Lembrou muito Buenos Aires, porém ela é menor e tem um pouco menos de atrações; em compensação os pontos que me interessavam - e que tive tempo de visitar - estavam mais próximos.

Após receber dicas gastronômicas e culturais do amigo Germano Schneider, tomei o ônibus da Caprioli de Campinas até Guarulhos, de lá voei até meu destino e desembolsei uma pequena fortuna para pagar a corrida do táxi do aeroporto ao albergue em que fiquei hospedado, o Red Hostel - primeiro erro, pois poderia tranquilamente ir de ônibus. A estadia foi boa e a estrutura oferecida é simples, mas aconchegante, só tive como imprevisto a impossibilidade de pagar com cartão de crédito e por isso meu orçamento foi mais comprometido - segundo erro: não ter conferido isso ainda no Brasil. O último senão foi que não consegui sacar dinheiro nas agências do Itaú em terras uruguaias, então fica a lição para levar mais dinheiro vivo na próxima viagem.

Feira de rua de Ciudad Vieja. Ao fundo, um portal dessa área
Cheguei na noite de quinta-feira e saí na manhã seguinte para conhecer o centro. Comprei o ingresso do jogo do Nacional numa casa lotérica, a Abitab, uma ideia que talvez seria interessante para alguns clubes do Brasil, assim a venda de ingressos não ficaria restrita a um ou outro ponto e assim aumentaria o alcance para facilitar o acesso do torcedor. Segui até a Ciudad Vieja, visitei o Mercado del Puerto e na volta comi um lanche chivito no restaurante Chivito de Oro. Durante a tarde desci ao Barrio Sur, caminhei pela orla na Rambla República Argentina e retornei ao hostel.

No dia seguinte almocei num restaurante chamado La Pasiva, uma rede que está distribuida por vários pontos da cidade e fui ao primeiro jogo da viagem, o do Nacional. Sobre os jogos, porém, não discorrerei aqui, farei uma post apenas para ele outro dia. Depois da partida fui de bicão como convidado por um pessoal do hostel a comparecer à festa de encerramento do congresso de comunicação do qual eles participavam, o ALAIC 2012. Foi bom para ver como está valendo a pena pagar um curso de espanhol: não falo com fluência e em alguns momentos me falta vocabulário, mas deu para me virar muito bem entre argentinos e uruguaios.

No Parque Robló, após a volta pela Rambla Rep. Argentina
Na manhã de domingo conheci uma feira de rua e nela comprei uma cuia nova de chimarrão, na Tristan Narvaja. Ela lembra muito a feira de San Telmo, da capital argentina e inúmeras ruas são tomadas, mas esta versão oriental é mais diversificada: há animais, frutas, queijos, discos, livros, antiguidades, cereais, roupas, brinquedos e até perucas. Depois de conhecer essa atração fui ao Parque Batlle, vizinho do Estadio Centenário. Lá comprei o ingresso e após peregrinar um pouco, almocei num shopping próximo num restaurante chamado Trattoria. Enfim fui ao estádio, conferi a partida do Peñarol e retornei ao hostel para dormir e encerrar a viagem. Nesta segunda-feira acordei cedo, encarei o frio e a escuridão matinais e tomei o ônibus até o aeroporto de Carrasco. Missão cumprida (com alguns últimos trocados nos bolsos).

Botei as fotos todas da viagem numa pasta do Picasa, acesso através do LINK. Quarta ou quinta publico sobre os dois jogos que assisti.
Parrilla do Trattoria, infelizmente a foto saiu meio tremida

Friday, May 4, 2012

Férias

Enfim, elas chegaram. Os breves dez dias de folga em janeiro, ainda referentes ao ano de 2010, passaram rapidamente e deixaram a impressão de serem apenas uma licença médica para a cicatrização de minha tatuagem. Agora estou com vinte dias de ócio para preencher parcialmente com uma pequena viagem a Montevidéu, dos dias 10 a 14. Meu plano inicial de assistir o clássico entre Peñarol e Nacional foi frustrado quando descobri que a partida foi adiada em uma semana e vai ocorrer apenas no fim de semana seguinte, uma dia antes de minha volta ao trabalho, mas minha frustração inicial foi apagada quando descobri que conseguiria ver dois jogos e, consequentemente, conhecer dois estádios: o Nacional joga no Parque Central no sábado e o Peñarol, mesmo como visitante, disputa sua partida no lendário Estádio Centenário no dia seguinte. Resta agora, nos últimos dias, planejar o que fazer com o reduzido tempo que não será gasto com as partidas.

Se, no entanto, meu tempo na capital uruguaia será tão curto, os dias correm vagarosamente em Campinas. Cheguei até à conclusão que o melhor e mais revigorante das férias não é o afastamento do trabalho, de colegas de trabalho ou do ambiente corporativo - eu, pelo menos, tenho a satisfação de estar longe deste grau de insatisfação com meu emprego. O melhor desses períodos de descanso é conseguir fazer o que queremos com calma. 

Numa noite comum de semana tenho três horas para chegar em casa, arrumar algo para comer, jantar e, dependendo do dia, ir à academia respeitando o tempo para a digestão - isso quando não tenho aula de espanhol. Nessa pressa um prato requentado, um Miojo ou até um salgado de padaria acabam quebrando um galho e, mesmo assim, nem sempre dá tempo de fazer tudo que gostaria enquanto treino. Nesses dias de férias, contudo, dá para passar no mercado com calma, cozinhar direito o que der vontade - dentro das minhas capacidade, óbvio - e me exercitar usando todo o tempo necessário. Quase me esquecia: além do tempo livre estendido, também posso frequentar a academia no meio da tarde, horário em que não há nenhum outro "aluno" (aluno mesmo?) presente.

Enfim, serão mais alguns dias de leitura, litros de chimarrão consumido e quilômetros de caminhadas pelas ruas campineiras. Pretendo também escrever um pouco mais para o blog já que ele estava abandonado com um último post no distante dia 16 de abril. E, assim que voltar, posto imagens dos jogos e da viagem ao Uruguai.


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