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Saturday, October 6, 2012

Bússola Política revista

Amanhã é dia de votar e visto meu desânimo com as opções disponíveis para escolha dum novo prefeito para Campinas, prefiro ignorar o assunto e escrever brevemente sobre a forma predatória de discussão aflorada devido à eleições municipais. Mais especificamente, meu texto é sobre os chamados "progressistas" e não sobre indivíduos conduzidos por vínculo profissional com políticos ou fanatismo partidário. Já havia notado o comportamento deste grupo em discussões menores, em debates no decorrer do ensino superior e em trocas de artigos na imprensa e principalmente em blogs, porém o discurso de grande carga sentimental e pouca razão se alastrou: cada dia vejo um(a) novo(a) amigo(a) pronto a defender com unhas, dentes e teclas o sistema de cotas, o socialismo, a democracia social e programas assistenciais e demonizar quem discordar destes calorosos humanistas.

A palavra chave aqui é "demonização". Argumentos, dados, números, estudos, pesquisas e qualquer outra forma de quantificação é absolutamente irrelevante: progressistas não precisam disso e todo esse tipo de informação é inválido se vier de alguém que discorda do grupo. Pior ainda, apontam um dedo acusador na cara de qualquer corrente que não a deles e assim rótulos como "fascista", "reacionário", "privatizador", "agente do imperialismo" e "intolerante" (vejam só!) são distribuídos em ampla escala. Oposição ao sistema de cotas? Coisa de branco rico que nunca sofreu preconceito. Favorável à privatização? Traidor da pátria! Não concorda com qualquer ação do governo petista? Então você um inocente que acredita na velha imprensa. Talvez seja esse o motivo do aumento de adesões a essa corrente de pensamento: todos quem não aguentem tanto tempo esse tipo de chantagem emocional.

Entediado nesta tarde, esbocei uma versão alternativa do gráfico de resultados da Bússola Política. Faz-se um teste com questões que envolvem temas sobre economia, intervenção governamental, privatizações e sobre liberdades individuais. Os resultados então são apontados no gráfico e indicam o posicionamento político do usuário. Fiz uma versão de como seria a visão política do progressista sobre adeptos de outras formas de pensamento. O nazismo, mesmo sendo socialista, foi posto à direita para evidenciar como esse termo é usado gratuita e erroneamente. Perto dos integrantes do Terceiro Reich estão os paulistanos, já vistos como a pior escória a habitar o Brasil. Para não indicar apenas grupos, pus também dois nomes, talvez o maior ícone do pessoal progressista de Facebook, o jornalista Leonardo Sakamoto e o prefeito Gilberto Kassab.

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