Continuação da saga, só que serei lacônico para evitar de entregar algum detalhe da história. No quinto filme, Harry Potter e a Ordem da Fênix, há uma disputa política entre Dumbledore, diretor do colégio Hogwarts e Fudge, cabeça do Ministério da Mágica. Uma inquisidora é indicada pelo ministro para atuar dentro da escola e dezenas de proibições são criadas. Harry sofre controle mental de Voldemort, usa um encanto proibido contra uma adversária e é tentado por seu rival a assassina-la, mas desiste. Após a batalha e a fuga do vilão, Dumbledore diz a Harry que não deve temer por ter características em comum com seu inimigo, mas ressaltar as diferenças.
Harry e Dumbledore |
Em Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o rapaz utiliza um livro que pertenceu a algum antigo aluno, auto-intitulado de Príncipe Mestiço e o material está repleto de anotações muito avançadas para alguém que estaria tomando aquelas aulas. Harry destaca-se nas matérias, principalmente Poções, com o professor Slughorn, que deve ser espionado a pedido de Dumbledore. Slughorn esconde um segredo e o jovem Harry tenta descobri-lo infrutiferamente até que o próprio mestre resolve conta-lo por conta própria: há muitos anos Tom Riddle havia perguntado sobre a Horcrux.
Slughorne havia até alterado sua memória para que cressem na imagem dum jovem Tom sendo repelido sem nenhuma explicação, mas na verdade ele contou ao pupilo que esta era uma forma de dividir a própria alma para que parte dela possa ser depositada em algum outro ser ou objeto - uma forma de se obter vida eterna enquanto restasse um "back-up" para ser restaurado. Harry e Dumbledore descobrem que sete desses objetos foram criados e devem ser destruídos, porém dois deles já estão eliminados. Destaque para Draco Malfoy, apagado nos filmes anteriores, mas que retorna como vilão do filme após ser integrado ao grupo dos Comensais da Morte. Em sua revolta, insegurança e necessidade de afirmação adolescentes, une-se a seus pais e planejam matar Harry e Dumbledore, mas o garoto hesita no momento em que pode eliminar o diretor - algo como uma visão hipotética do que aconteceria com o protagonista caso ele se rendesse aos seus impulsos sombrios e sedutores, porém incapazes de dominar suas ações.
Se no quinto filme acontece uma ditadura orwelliana, nestes dois últimos Harry Potter e as Relíquias da Morte (duas partes dum mesmo livro) há sinais dum regime de afirmação de superioridade dos bruxos sobre os "trouxas", apelido dado aos humanos que não conhecem magia. A história se afunila e foca na busca pelas últimas Horcrux e na batalha entre as forças de Voldemort e os alunos aquartelados em Hogwarts.
Como não quero deixar spoilers, encerro os comentários aqui. É verdade, duvido que alguém que nunca tenha vista nenhum Harry Potter vá cair aqui e ler exatamente estes posts atentamente, mas prefiro não acabar com a graça de algum desgraçado perdido. No fim, gostei dos filmes apesar do meu preconceito inicial, mas são histórias bem escritas: há sempre dois arcos, um de cada filme e e um geral, mais abrangente, mas ambos são fechados sem grandes furos. Além disso, os personagens são interessantes e de personalidades muito distintas a ponto de as idiossincrasias se tornarem familiares - mas não necessariamente previsíveis. Recomendo a série apesar dos três primeiros filmes de Sessão da Tarde.
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