Termino fevereiro num momento de emoções conflitantes e contraditórias: a solidez quase intransponível da estabilidade atual é arranhada pela ansiedade de desconfiar de turbulências vindouras. A tormenta não está inerentemente ligada à calmaria, como bem sabe quem já acumulou tempestade sobre tempestade sem um intervalo para retomar o fôlego, mas é inevitável que cedo ou tarde os céus voltem a ser encobertos por nuvens carregadas.
Apesar de eu estar prestes a completar meu sexto ano de companhia, sei que nossa economia passa por um momento de declínio e que a empresa na qual trabalho faz sua rodada anual de demissões com o objetivo de baratear renovar sua mão-de-obra. Alguns amigos e conhecidos já se foram enquanto permaneço. Por mais um dia, mais uma semana e, espero eu, por pelo menos mais um ano. Enquanto isso faço, assim como meus colegas, conjecturas a respeito de quão vitais somos (pelo menos durante estas semanas) e, desgraçadamente, torcemos para que outra área seja vista como possuidora de profissionais mais descartáveis do que a nossa. Que tempos malditos estes em que se esquenta mais a cabeça pensando na concorrência interna do que na externa.
Fora de meu cubículo permanecem as aulas de russo, as atividades no crossfit e a pós-graduação. Tudo isto já confortavelmente assentado e moldado duma maneira conveniente. Na vida amorosa houve a impressão de que alguma novidade surgiria, mas foi alarme falso, creio que devido a um desencontro de disposições e momentos. Com minha família tudo vai bem também e minha relação com meu pai tem apenas melhorado. Não tenho do que me queixar, aliás, tenho apenas motivos para me sentir grato e tranquilo. Uma pequena voz, no entanto, continua me dizendo para ficar alerta. Uma vozinha que talvez seja chama Ansiedade, Cautela ou Pessimismo; mas cujas palavras não consigo ignorar.
Apesar de eu estar prestes a completar meu sexto ano de companhia, sei que nossa economia passa por um momento de declínio e que a empresa na qual trabalho faz sua rodada anual de demissões com o objetivo de baratear renovar sua mão-de-obra. Alguns amigos e conhecidos já se foram enquanto permaneço. Por mais um dia, mais uma semana e, espero eu, por pelo menos mais um ano. Enquanto isso faço, assim como meus colegas, conjecturas a respeito de quão vitais somos (pelo menos durante estas semanas) e, desgraçadamente, torcemos para que outra área seja vista como possuidora de profissionais mais descartáveis do que a nossa. Que tempos malditos estes em que se esquenta mais a cabeça pensando na concorrência interna do que na externa.
Fora de meu cubículo permanecem as aulas de russo, as atividades no crossfit e a pós-graduação. Tudo isto já confortavelmente assentado e moldado duma maneira conveniente. Na vida amorosa houve a impressão de que alguma novidade surgiria, mas foi alarme falso, creio que devido a um desencontro de disposições e momentos. Com minha família tudo vai bem também e minha relação com meu pai tem apenas melhorado. Não tenho do que me queixar, aliás, tenho apenas motivos para me sentir grato e tranquilo. Uma pequena voz, no entanto, continua me dizendo para ficar alerta. Uma vozinha que talvez seja chama Ansiedade, Cautela ou Pessimismo; mas cujas palavras não consigo ignorar.
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